Reaprendizagens do masculino após o advento da Lei “Maria da Penha”

Autores

  • Antônio Cristian Saraiva Paiva
  • Francis Emmanuelle Alves Vasconcelos

Palavras-chave:

Violência, Masculinidades, Lei “Maria da Penha”

Resumo

Este artigo busca refletir sobre a outra face da violência contra a mulher: o homem preso pela Lei “Maria da Penha”. Buscamos identificar um perfil social mais comum desses homens a partir de uma realidade local, Fortaleza-CE, e entender todo o percurso que ele passa, desde o momento em que é preso até a saída dos presídios que está condicionada à participação em projetos de “ressocialização”. Fizemos também análises no tocante à compreensão deles acerca das relações de gênero. A metodologia quantitativa consistiu na aplicação de 100 (cem) questionários aos homens que estavam presos em decorrência da Lei “Maria da Penha”. De cunho etnográfico, passamos por diversas instituições para compreender o percurso da punição e nos aproximarmos da realidade vivenciada por esses homens nas seguintes instituições: Delegacia de Defesa da Mulher, Juizado da Mulher, presídio masculino e Núcleo de Atendimento ao Homem Autor de Violência Contra a Mulher – NUAH. Além disso, aplicamos 12 (doze) entrevistas com roteiro semiestruturado aos egressos do sistema penitenciário. Percebemos que todo esse processo punitivo leva a reaprendizagens do masculino e que a problemática da violência contra a mulher pode ser mais eficazmente combatida a partir de trabalhos socioeducativos que envolvam esses homens.

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Publicado

2020-01-29

Como Citar

SARAIVA PAIVA, A. C.; VASCONCELOS, F. E. A. Reaprendizagens do masculino após o advento da Lei “Maria da Penha”. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 13, n. 25 jan.jun, p. 121–137, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2670. Acesso em: 22 dez. 2024.