Descentralização

entre o sonho constituinte e a realidade circundante

Autores

  • Maria Zefisa Nogueira Soares Menezes

Palavras-chave:

Descentralização, Participação social, Políticas públicas

Resumo

Este artigo objetiva analisar a descentralização das políticas públicas no contexto cearense, conforme o respaldado na Constituição Federal de 1988. A agenda da descentralização, mobilizando atores institucionais e sociais, propunha o compartilhamento de decisões na formulação e gestão das políticas públicas, com vistas a fortalecer e ampliar os vínculos da cidadania. A instauração de estruturas de mediação e reconhecimento de setores organizados da sociedade civil, revigorando uma esfera pública para discussão e negociação entre os diversos segmentos sociais e institucionais, viabilizou, em determinadas circunstâncias, a tomada de decisões coletivas, reforçando os vínculos de uma nova cultura cívica e associativa nos municípios brasileiros. A hipótese desenvolvida no artigo é de que os investimentos nesse modelo participativo, assim como na afirmação de uma cultura política articulada à cultura cívica, são frágeis em razão dos limites institucionais das administrações municipais, estadual e federal. No entanto, os impasses surgidos na auto-organização e criação de instâncias de representação mais próximas de atores sociais fortaleceram a democracia de bases territoriais.

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Publicado

2020-01-29

Como Citar

NOGUEIRA SOARES MENEZES, M. Z. Descentralização: entre o sonho constituinte e a realidade circundante. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 13, n. 25 jan.jun, p. 101–119, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2669. Acesso em: 20 abr. 2024.