Façamos “justiça” às mulheres de famílias excêntricas e aos gays da faixa de Gaza
Palavras-chave:
Violência, Gênero, Família, Sexualidade, HeteronormatividadeResumo
Neste artigo, retomamos falas ouvidas e desconfortos percebidos em salas de aula onde atuamos como professoras em cursos de graduação e de pós-graduação, desde o inicio dos anos 90. Estas vozes e sentimentos norteiam nossa abordagem acerca da persistência simbólica, neste início de século XXI, de rígidas convenções de gênero, da noção de “família desestruturada” como a fonte de todos os males ou da norma heterossexual como caminho para a felicidade. As reações de espanto diante de dois filmes - A excêntrica família de Antonia e Bubble - apresentados e debatidos em sala de aula ao longo de nossa prática docente são suportes para uma interpretação que coloca em relevo a necessária violência implicada nestas continuidades.