Analisar alternativas à prisão

proposta para superar uma dicotomia

Autores

  • Guilherme Augusto Dornelles de Souza

Palavras-chave:

Alternativas penais, Política criminal, Crime, Prisão

Resumo

Neste artigo, propõe-se que as alternativas penais à prisão sejam tomadas como instrumentos em uma luta política, mediante técnicas que podem ser posicionadas de diferentes maneiras, conforme as tecnologias de poder nas quais são empregadas e conforme as relações de poder-saber nas quais funcionam. O argumento é conduzido a partir da problematização de duas perspectivas acerca das alternativas penais no Brasil: primeira, a de que a implementação de alternativas penais à prisão representou um rompimento com a centralidade do cárcere na política criminal brasileira; segunda, a de que as alternativas penais apenas reforçam essa centralidade. A primeira perspectiva é problematizada a partir de análises que buscaram avaliar os efeitos das alternativas penais nos níveis de encarceramento. A segunda perspectiva é problematizada a partir das análises que apontam as diversas tendências político-criminais no Brasil desde a emergência de alternativas penais à prisão em 1984 e das análises que apontam as diferentes configurações adotadas pelas instituições penais conforme as concepções de crime e de sujeito criminalizado que as orientam.

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Publicado

2020-01-23

Como Citar

DORNELLES DE SOUZA, G. A. Analisar alternativas à prisão: proposta para superar uma dicotomia. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 13, n. 26 jul.dez, p. 115–138, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2483. Acesso em: 22 dez. 2024.