Antônio Bandeira

da invenção da cidade como forma-paisagem

Autores

  • Kadma Marques Rodrigues
  • Gerciane Maria da Costa Oliveira

Palavras-chave:

Pintura, Cidade, Paisagem urbana, Forma-paisagem

Resumo

 O objetivo deste artigo é contribuir, a partir da perspectiva forjada pela Sociologia da Arte, para a compreensão da relação que se estabelece, ao longo de três décadas de produção artística, entre a cidade tomada como tema e o lirismo abstrato das pinturas de Antônio Bandeira (1922-1967). Por meio de um olhar guiado por categorias sociológicas de análise, o pesquisador apreende e dá a ver um lento processo de transmutação formal, cujo fundamento encontra-se nas diversas posições ocupadas pelo pintor ao longo de sua trajetória de vida. Por um lado, tal processo aponta a depuração da cidade aos olhos do artista, o qual converte a representação da paisagem urbana em forma-paisagem; e por outro, evoca a emergência de um estilo próprio, marcado pela a abstração crescente da cidade – de conteúdo artístico recorrente, ela se transformou em afirmação da forma-paisagem, configurada como imagem-síntese das cidades vividas simultaneamente por Bandeira – Fortaleza, Rio de Janeiro e Paris.

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Publicado

2020-01-23

Como Citar

RODRIGUES, K. M.; DA COSTA OLIVEIRA, G. M. Antônio Bandeira: da invenção da cidade como forma-paisagem. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 9, n. 17 jan.jun, p. 143–156, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2469. Acesso em: 26 abr. 2024.