“Mulheres cuidadoras” e suas vivências no serviço de transplante hepático em um Hospital Universitário – Ceará

Autores

  • Mirnna Vasconcelos da Silva
  • Gerusa do Nascimento Rolim
  • Maria Derleide Andrade
  • Ana Karla Batista Bezerra Zanella

Resumo

O cuidado historicamente constitui-se como papel assumido pela mulher no âmbito doméstico com repercussões na área da saúde. No contexto do transplante, o adoecimento crônico gera uma situação de crise na família vivenciada por todos os membros, impondo novos papéis a serem assumidos. Este artigo objetiva analisar o papel das mulheres cuidadoras e suas vivências no serviço de transplante hepático em um Hospital Universitário – Ceará. Consiste em uma pesquisa explicativa de abordagem qualitativa com utilização de entrevistas semiestruturadas e observação. A coleta de dados ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2017. Seis interlocutoras familiares foram selecionadas mediante critérios aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados apontaram que para as participantes a compreensão de cuidar se confunde com as atividades que lhes são atribuídas socialmente e culturalmente. A falta de suporte familiar repercute em sobrecarga física e
emocional às cuidadoras. O suporte da equipe multiprofissional às cuidadoras também foi uma necessidade manifestada pelas interlocutoras deste estudo. Este estudo constatou que a mulher ainda é a principal referência de cuidado. Ratifica-se a importância de refletir criticamente a naturalização dos cuidados em saúde delegados às mulheres.

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Publicado

2019-12-19

Como Citar

DA SILVA, M. V.; ROLIM, G. do N.; ANDRADE, M. D.; ZANELLA, A. K. B. B. “Mulheres cuidadoras” e suas vivências no serviço de transplante hepático em um Hospital Universitário – Ceará. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 16, n. 31 jan.jun, p. 129–151, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2303. Acesso em: 23 nov. 2024.