Quarentena como retiro: práticas meditativas no contexto de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.70368/gecs.v1i2.13875Palavras-chave:
saúde mental, meditação, pesquisa qualitativa, pandemia Covid-19Resumo
O isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19 gerou mal-estar psicológico. As práticas meditativas, sendo ferramentas eficazes e acessíveis para o cuidado não farmacológico da saúde mental, mostraram-se importantes para promover o bem-estar psicológico nesse cenário desafiador. Este artigo visa discutir os efeitos das práticas meditativas relatados pelos praticantes durante o período de distanciamento físico causado pela pandemia de Covid-19. O estudo adota uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas para a coleta das informações. Recorremos à técnica de análise de conteúdo temática para o tratamento dos dados e utilizamos um questionário para caracterização sociodemográfica. Identificamos quatro categorias principais que refletem os efeitos das práticas meditativas na pandemia, quais sejam: Adaptação ao Contexto; Rotina de Autocuidado Autorreferido; Contemplação da Experiência Interna Sobre Si Mesmo e Sensação de Proximidade em Relação aos Outros. A análise das categorias permitiu avaliar a saúde mental como um estado dinâmico e interdependente, resultado da interação complexa entre fatores individuais e coletivos. Concluiu-se que a meditação, como uma prática das PICS, foi uma estratégia eficaz para o manejo de emoções perturbadoras, a redução da sensação de solidão e o fortalecimento da saúde mental durante o distanciamento físico. O estudo sugere a necessidade de pesquisas futuras para aprofundar a compreensão dos efeitos da meditação em outras situações de estresse, tanto para os indivíduos quanto para coletivos da sociedade brasileira.
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