AS CIÊNCIAS SOCIAIS E O CAMPO ÉTNICO-QUILOMBOLA: DA DIFERENÇA À IDENTIDADE
Palabras clave:
Campo étnico-quilombola; Ciências Sociais; Identidade; DiferençaResumen
Os estudos sobre alteridade no Brasil se iniciam na tradição colonial ancorada em modelos
importados dos grandes centros europeus, que via a diferença como problema social, que devia
ser superada. Essa visão inspirou um vasto repertório de estudos ancorados em uma perspectiva
folclorista e romantizada do outro, visto como exótico e estranho. Nessas perspectivas, tais
dinâmicas eram compreendidas em termos de processos em curso de extinção, miscigenação,
sincretismo e aculturação, sustentando certo teor racista. Essa pesquisa investiga como a
configuração histórico brasileira gerou diretrizes sociais, políticas, jurídicas, acadêmicas que
contribuíram para um ocultamento e invisibilização de comunidades que se amparam numa
identidade específica, como a comunidade remanescente de quilombo Kalunga em Goiás.
Pretende revisitar a estrutura e organização social do campo éntico-quilombola, a partir dos
Kalunga, a fim de perceber a evolução do tema nas ciências sociais, percebendo as
possibilidades e limites conceituais de suas abordagens sobre alteridade e identidade