Abordagem Sistêmica Comunitária
Avaliação de um Serviço Socioterapêutico de Saúde Mental em Fortaleza
DOI:
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2017.7.18.324Palavras-chave:
Saúde Mental, Abordagem Sistêmica Comunitária; Autopoiese Comunitária.Resumo
Este artigo tem por base uma pesquisa qualitativa em que usuários da Abordagem Sistêmica Comunitária discorrem sobre a efetividade de cuidados socioterapêuticos, preventivos e inclusivos em suas vidas. A Abordagem Sistêmica Comunitária surgiu como um conjunto de práticas integrativas e sócio inclusivas de cuidados para a conservação da saúde mental de moradores da periferia de Fortaleza, no Ceará. A pesquisa verificou o progresso no bem estar biopsicossocioespiritual de usuários do Movimento Saúde Mental Comunitária, executor de uma política pública de Saúde Mental em parceria com a Prefeitura de Fortaleza no âmbito da Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares do SUS. A verificação recorreu a relatos de vida (BERTAUX, 2005), elegendo o viés da efetividade subjetiva (FIGUEIREDO; FIGUEIREDO, 1986). Para a OMS, saúde é definida como estado de bem estar físico, mental e social. Neste trabalho, o conceito de saúde é ampliado, considerando o equilíbrio biopsicossocioespiritual, agregando a dimensão espiritual à definição da OMS. A pesquisa contemplou a contextualização de ações terapêuticas, de empoderamento e de inclusão social. Fizemos uso das categorias conscientização, empoderamento e conectividade de Paulo Freire (MAFRA, 2007) para avaliar os relatos de vida. Ao término, foi possível encontrar resultados que relacionam a categoria conectividade radical como facilitadora de uma autopoise comunitária, que pode ser traduzida na capacidade dos usuários de se reinventarem para continuar vivendo, mantendo uma vida produtiva e evoluindo pessoal e comunitariamente – estado de protagonismo gerador de melhores condições de saúde e de aprofundamento dos vínculos sócio participativos.
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