Processos de resistência:
a cerâmica do Quilombo de Conceição das Crioulas
DOI:
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2019.9.23.1422Palavras-chave:
modos de vida, resistência, colaboração, cerâmica, arte/educação, comunidade quilombolaResumo
Em tempos de cerceamento dos direitos garantidos em lei, desconstrução da educação, censura da arte e desvalorização da cultura pelo atual governo federal, busca-se refletir, à luz de Hannah Arendt (2001), o sentido da co-labor-ação na produção material, a partir de vivências ligadas ao fazer-viver da cerâmica na comunidade quilombola de Conceição das Crioulas, situada no sertão central de Pernambuco. Para tanto, a pesquisa que resulta neste artigo transita entre os movimentos de resistência relacionados à terra e ao feminino, segundo a imaginação material de Gaston Bachelard (2001), para compreender os efeitos de retroativação da co-labor-ação na resistência da comunidade, partindo do modo como a comunidade quilombola de Conceição das Crioulas partilha seu território e movimenta suas práticas. De natureza fenomenológica e abordagem qualitativa, este artigo se fundamenta nos relatos e registros das vivências realizadas no período de julho de 2018 a junho de 2019 e nas narrativas de mestras, mestres e pessoas da localidade. Conclui-se que a ideia de co-labor-ação no fazer-viver da cerâmica do Quilombo de Conceição das Crioulas constitui um sentido de fissura na exclusão e cooptação da produção material pelo sistema hegemônico, se pensada como ação política.
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