Ideais de bem-estar para trabalhadoras do comércio popular no interior do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2023.13.31.12210Palavras-chave:
comércio popular, mercado, conflitos, mediação, cidades médiasResumo
Entre os anos de 2017 e 2018, o centro comercial de Crato-CE, um dos espaços destinados ao comércio popular local, passou por uma reforma que modificou sua infraestrutura. Finda a reforma, o antigo “Camelódromo” passou a ser designado pelas autoridades locais responsáveis pela reforma, pelo público e pelas trabalhadoras daquele espaço como “Shopping Popular”. A partir de observação flutuante, presença contínua no local após a reforma e entrevistas semiestruturadas, intentamos compreender a percepção das trabalhadoras permissionárias do “Shopping Popular de Crato” sobre as modificações ocorridas. Dialogamos com lideranças da Associação de Comerciantes Informais do Crato (ACIC) e permissionários associados, ao mesmo tempo que vivenciamos o cotidiano desse mercado público. Os resultados indicam os novos projetos de trânsito e de bem-estar materializados em novas formas de interação e denominação desse espaço comercial. Apontam, ainda, a necessidade de estudos mais aprofundados sobre as lideranças populares que mediaram os conflitos entre o poder público e os permissionários. Também é possível perceber como imaginários espaciais do Cariri cearense ordenam os modos de organização dos espaços populares e as demandas de consumo, associando-os a modelos das grandes cidades brasileiras.
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