A efetividade das políticas de incentivo ao aleitamento materno em combate ao desmame precoce:

um estudo realizado com as mães de crianças atendidas na unidade de puericultura do CPN

Autores

  • Maria de Fátima Farias Valente
  • Maria do Socorro Ferreira Osterne Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e Professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas UECE https://orcid.org/0000-0001-5627-6784

Palavras-chave:

Políticas de Incentivo ao Aleitamento Materno, Aleitamento Materno, Desmame Precoce

Resumo

Há um crescente avanço nas políticas de incentivo ao aleitamento materno. O leite materno supre todas as necessidades nutricionais para que o crescimento e desenvolvimento do bebê sejam mantidos dentro da normalidade para o período, sendo recomendado como alimento exclusivo e adequado nos seis primeiros meses de vida, principalmente como fator de proteção contra doenças infecciosas. O desmame precoce, ou seja, a introdução de outros alimentos antes dos seis meses é

comprovadamente um risco para a morbimortalidade infantil. Este estudo tem como objetivo: conhecer as mães atendidas no serviço de puericultura do Centro de Parto Natural Lígia Barros Costa (CPN); avaliar o conhecimento destas sobre a importância do aleitamento materno; identificar a prática alimentar das crianças atendidas no serviço de puericultura do CPN e conhecer o perfil sociodemográfico de mães assistidas neste serviço. Estudo descritivo de cunho etnográfico, tendo como base os preceitos da pesquisa qualitativa. Realizado de 15 de outubro a 15 de dezembro de 2014, no CPN, na cidade de Fortaleza-CE. A população foi constituída por 65 mães de crianças com consulta marcada no período da pesquisa e a amostra foi composta por 23 mães primíparas com filho de zero a seis meses de idade, assistidos no serviço de puericultura do CPN. Os dados foram coletados através de entrevista individual e visita domiciliária, sendo utilizado um formulário semiestruturado e através de um grupo de discussão onde foram lançadas perguntas ao grupo e discutidas neste. A maioria: considera-se parda; possui ensino fundamental incompleto; vive em união estável; mora em casa própria; não planejou e não desejou a gravidez; a criança não foi colocada para mamar ao nascer; demonstrou dificuldade para amamentar nas primeiras tentativas e possui conhecimento razoável sobre a importância do aleitamento materno. O índice de aleitamento materno exclusivo (AME) encontrado no primeiro mês foi de (65,21%); no segundo (26,08%); no terceiro (21,73%); no quarto (4,34%) e não foi encontrado criança com mais de quase meses de vida em AME. As causas de desmame precoce encontradas foram: falta de apoio dos familiares e dos profissionais de saúde, necessidade de trabalhar ou estudar; dificuldade para a criança pegar o peito; dor, devido fissura ou ingurgitamento mamário; choro persistente da criança; leite pouco e o leite fraco; a criança não quer o peito; falta de paciência ou persistência da mãe; falta de vontade da mãe; medo de ficar com peito caído e para uma mãe de gêmeos, o pediatra mandou dar complemento. Este trabalho converge para a constatação de que as mães têm um conhecimento razoável sobre a importância do aleitamento materno, mas a maioria não consegue utilizar esses conhecimentos na prática.

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Publicado

2014-09-02

Como Citar

Valente, M. de F. F., & Osterne, M. do S. F. (2014). A efetividade das políticas de incentivo ao aleitamento materno em combate ao desmame precoce:: um estudo realizado com as mães de crianças atendidas na unidade de puericultura do CPN. Conhecer: Debate Entre O Público E O Privado, 4(12), 99–125. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/revistaconhecer/article/view/1081

Edição

Seção

Artigos