Tráfico de pessoas, órgãos e partes de corpo humano em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.52521/20.8370Palavras-chave:
resenha, tráfico de pessoas, pesquisa, Moçambique, corpo humanoResumo
Esmeralda Mariano, do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e Andrea Moreira, Antropóloga e Consultora Independente, publicaram uma pesquisa organizado pela Comissão Episcopal para Migrantes Refugiados e Deslocados (CEMIRDE)[1], intitulada “Estudo comparativo sobre tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano em Moçambique”. O método antropológico conduz a obra, o que se revela na preocupação das autoras em manter um equilíbrio entre a prática etnográfica e a descrição dos conteúdos, principalmente, colhidos se utilizando das técnicas de entrevista, grupos focais de discussão e observação direta, incluindo conversas informais (MARIANO, MOREIRA, 2021). Trata-se de um trabalho de interesse da CEMIRDE, preocupada em direcionar suas ações de prevenção e combate ao tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano, tendo em consideração os distintos contextos culturais e sociais das regiões Sul, Centro e Norte do País. Apesar desse caráter particular do estudo, tenciona elaborar uma abordagem mais compreensível e atual, no sentido de suscetibilizar a todos os atores envolvidos no enfrentamento ao tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano.
[1] A CEMIRDE é um organismo da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) e existe desde o início da década de 1990. Busca servir as pessoas em situação de mobilidade, por meio de ações focalizadas na promoção humana, assistência psicossocial, pastoral e espiritual. Na área de prevenção e combate ao tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano, destaca-se na publicação de três pesquisas sobre a temática, nas regiões Sul, Norte e Centro, de Moçambique, nos anos 2016, 2018 e 2020, cujos resultados informam o desenvolvimento de uma série de ações de sensibilização sobre a prevenção e combate ao tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano, ajustadas à realidade de cada região. Também presta ações de assistência e acompanhamento às vítimas do tráfico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano, fruto da coordenação multissetorial que a Organização tem desenvolvido a partir da identificação de vítimas do tráfico de pessoas, permitindo que às vítimas lhes sejam garantidas a assistência psicológica, material e, em alguns casos, o apoio à promoção de pequenos negócios que facilitem a reintegração das vítimas (HUMILITAS SCALABRINIANAS; 2022, online).
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