Os Romances Sentimentais e suas Comunidades de Leitura

Autores

  • Roberta Manuela Barros de Andrade
  • Erotilde Honório Silva

Palavras-chave:

políticas públicas, literatura de massa, romance sentimental, comunidade de leitura, práticas de leitura

Resumo

As políticas públicas para a leitura, no Brasil, têm, constantemente, minimizado o papel da literatura de massa na formação de leitores. No entanto, o hábito de ler, em especial, romances sentimentais, é extremamente popular em nosso País. Apesar de ser uma prática cultural intensa, na academia, a ausência de reflexões que elegem tal objeto empírico é flagrante. São, pois, as práticas de leitura dos romances sentimentais o objeto de reflexão deste trabalho. A leitura, como nos lembra Sarlo (1990), é uma atividade socialmente condicionada por meio da qual os significados se organizam em um sentido, implica sempre a aquisição de competências, o que Jameson (2010) denomina de contratos sociais entre o escritor e o público que põem em xeque os limites e condições de produção e de recepção de um livro, e que se materializam em suas comunidades de leitura. Nesta pesquisa, elegemos como objeto de análise, uma comunidade de leitura específica, situada no município de Fortaleza, denominada de leitoras da Granja Portugal (GP). Concluimos que a leitura de romances sentimentais não se situa somente como uma opção de lazer, mas também como uma prática cultural que nos dá pistas importantes para compreendermos como uma identidade de gênero é formada e a partir de quais parâmetros é desenvolvida e transformada.

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Publicado

2020-01-27

Como Citar

BARROS DE ANDRADE, R. M.; SILVA, E. H. Os Romances Sentimentais e suas Comunidades de Leitura. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 12, n. 24 jul.dez, p. 119–134, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2577. Acesso em: 4 dez. 2024.