Intelectuais negros

migração e formação entre conflitos e tensões

Autores

  • Neusa Ma. Mendes de Gusmão

Palavras-chave:

Racismo, Ensino Superior, Migração, África, Brasil, Portugal

Resumo

O fenômeno educativo em nível superior e os muitos caminhos de sua realização constitui o pano de fundo no qual transitam estudantes africanos de nível superior e, dentro e fora de seus países originários, particularmente, no Brasil e em Portugal. São sujeitos que buscam construir trajetórias estudantis e profissionais, múltiplas e diversas, porém enfrentam desafios que envolvem o processo migratório, a formação e a profissionalização. O contexto que os desafia na construção de um lugar próprio como intelectual e negro em sociedades marcadamente racistas como o caso do Brasil e de Portugal expõe a natureza das instituições de ensino. Expõe ainda, a existência do racismo científico e revela o campo de conflito e tensões que envolvem o sujeito negro em busca de qualificação. Nesse sentido, entra em linha de conta questões relativas ao desenvolvimento humano, social e econômico, bem como a internacionalização que, expressa a dinamicidade dos cinco países africanos – Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe – tomados enquanto realidades em transição. Contudo, a internacionalização é também proposta brasileira para seu sistema de ensino, que tanto recebe aos africanos e outros em suas IES, como gera políticas de intercâmbio de alunos brasileiros com outros países. Não é diferente com Portugal. Assim, compreender o que há de mais geral e também mais particular na realidade dos países africanos e no caso brasileiro é a proposta do presente artigo.

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Publicado

2020-01-27

Como Citar

MENDES DE GUSMÃO, N. M. Intelectuais negros: migração e formação entre conflitos e tensões. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 12, n. 23 jan.jun, p. 39–54, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2560. Acesso em: 20 abr. 2024.