Medicina tradicional no Brasil e em Moçambique

definições, apropriações e debates em saúde pública

Autores

  • Jaqueline Tavares de Assis
  • Maria Inês Gandolfo Conceição
  • Isália Gabriel Licença
  • Nathalia Campos
  • Mariana Reis
  • Luana Alcântara Fialho
  • Larissa Polejack Brambatti

Palavras-chave:

medicina tradicional, políticas de saúde, saúde pública, práticas de saúde

Resumo

A medicina tradicional vem ganhando espaço nos debates sobre saúde pública global, por ser uma prática amplamente disseminada há séculos. Pretende-se traçar paralelos entre Brasil e Moçambique, no que tange às definições, apropriações e debates em saúde pública das práticas de medicina tradicional. No Brasil, o campo da medicina tradicional mistura-se com o das práticas integrativas, alternativas ou complementares em saúde, associando elementos indígenas, africanos e europeus. Em Moçambique, a medicina tradicional é a mais utilizada pela população. Em ambos os casos, abordam-se as noções de saúde e doença enquanto apropriação cultural local, e se discute o lugar de resistência cultural da medicina tradicional frente à colonização portuguesa e aos novos modelos de globalização da cultura
ocidental. A partir da análise dos dois países, faz-se uma discussão políticateórica sobre a evolução e a disseminação das práticas de cuidado tradicionais,
complementares e alternativas, sobretudo, problematizando esses conceitos a partir das concepções adotadas pela Organização Mundial da Saúde, e
pelos significados diversos que os nomes assumem nos diferentes contextos. Discute-se criticamente as apropriações do discurso da medicina tradicional
pela ciência biomédica, em termos de comprovação de sua segurança e eficácia, à luz do método científico moderno.

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

DE ASSIS, J. T.; CONCEIÇÃO, M. I. G.; LICENÇA, I. G.; CAMPOS, N.; REIS, M.; FIALHO, L. A.; BRAMBATTI, L. P. Medicina tradicional no Brasil e em Moçambique: definições, apropriações e debates em saúde pública. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 16, n. 31 jan.jun, p. 13–30, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2112. Acesso em: 26 dez. 2024.