Educação Popular Projovem Campo:

uma política pública contra-hegemônica na educação do campo

Autores

  • Wildeson de Sousa Caetano Mestre em Planejamento e Políticas Publicas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Rodrigo Santaella Gonçalves Doutor em Ciências políticas, Professor do Instituto Federal do Ceará – IFCE e Membro Permanente do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas da Universidade Estadual do Ceará - UECE

DOI:

https://doi.org/10.47455/2675-0090.2024.6.13.13314

Palavras-chave:

educação popular, projovem campo, política pública

Resumo

O primeiro aspecto que chamou atenção para o estudo do Projovem Campo – Saberes da Terra (PJCST), antes de qualquer pesquisa e com base na minha experiência profissional, enquanto participante do programa, foi a possibilidade de este representar algum tipo de ação contra-hegemônica com relação à educação tradicional, pensando na perspectiva adotada pelo marxista italiano Antônio Gramsci (1978). Como demonstra Santaella (2015), o conceito de hegemonia surge em Gramsci a partir da diferenciação entre a ideia de direção das classes aliadas e domínio das adversárias. Gramsci postulava sobre a relevância da dominação de classe no mundo contemporâneo, para além da disputa material na sociedade, com a disputa de ideias. A Educação Popular EP, no âmbito da educação do campo, se faz em meio aos processos de lutas de resistência da classe popular e política, com os atores das políticas públicas, contestando ou não aquilo que lhes são oferecidos, e atuantes no cenário que categoriza a educação tradicional.

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Publicado

2024-01-08

Como Citar

Caetano, W. de S., & Gonçalves, R. S. (2024). Educação Popular Projovem Campo: : uma política pública contra-hegemônica na educação do campo. Inovação & Tecnologia Social, 6(13), 158–165. https://doi.org/10.47455/2675-0090.2024.6.13.13314

Edição

Seção

Artigos