Políticas públicas e cotas raciais como instrumento de integração do negro a universidade

Autores/as

  • Júlio Rangel Borges Neto Mestre em Planejamento e Políticas Publicas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Camila Holanda Marinho Doutora em Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará - UFC e Professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas (PPGPP) da UECE

DOI:

https://doi.org/10.47455/2675-0090.2023.4.10.10544

Palabras clave:

racismo, preconceito racial, universidade, cotas raciais, políticas públicas

Resumen

O Brasil foi um dos últimos países do mundo a libertar seus escravos. Depois de mais de três séculos de escravidão o legado que ficou foi o racismo e o preconceito racial na sociedade brasileira, não obstante o famoso Mito da Democracia Racial presente no clássico “Casa Grande e Senzala” tenha ajudado a camuflar tal realidade vivida pela maioria da população negra ou parda. hoje as coisas estão bem as claras. Seja como for experiências feitas de maneira meio incipiente e precária até chegar as políticas públicas de cotas raciais nas universidades públicas federais brasileiras ajudaram a pacificar as coisas. No mesmo caminho foi o Estatuto da Igualdade Racial criado em 2010. As Universidades Federais que sempre foram tidas como lugar de brancos passaram a receber grandes levas de estudantes negros e pardos através de suas seleções pelo Sistema de Cotas Raciais, dentro deste espírito o presente artigo se propõe investigar até onde as políticas públicas de cotas raciais integram o negro á universidade e a sociedade.

Citas

BRANDÃO, André Augusto. Cotas Raciais no Brasil: A Primeira Avaliação. Rio de Janeiro: Coleção Políticas de Cor, 2007.

CARVALHO, J. Ações afirmativas para negros e índios no ensino superior. Disponível:<http://www.tvebrasil.com.br>. Acesso: 17 out, 2011.

KAUFMANN, Roberta Fragoso Menezes. Ações afirmativas à brasileira: necessidade ou mito? A implementação para negros como mecanismo concretizador de direitos fundamentais. Uma análise histórico-jurídico-comparativa do negro nos Estados Unidos da América e no Brasil. Teresina: Jus Navigandi, ano 11, n. 1455, 26 jun. 2007.

BOBBIO, Noberto. A Era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Nova Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

BRASIL. Retrato das Desigualdades de Gênero de raça. Brasília: IPEA, 2008.

IKAWA, Daniela. Direito às ações afirmativas em universidades brasileiras. In: SARMENTO, Daniel; IKAWA, Daniela; PIOVESAN, Flávia (coord.). Igualdade, Diferença e Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Lúmen Júris. 2008. p.365-410.

CARVALHO, Marília. Quem é negro, quem é branco: desempenho escolar e classificação racial de alunos. Revista Brasileira de Educação, nº 28. Rio de Janeiro jan./abr. 2005.

DUARTE, Evandro. et al. Cotas Raciais no Ensino Superior. Curitiba: Jurúa, 2011.

GRIN, Mônica. Esse Obscuro Objeto de desejo. Políticas de Ação Afirmativa e Ajustes Normativos: O Seminário de Brasília. Novos Estudos, n. 59, p.174, março 2001.

JENSEN, Geziela. Políticas de Cotas Raciais em Universidades Brasileiras entre a Legitimidade e a Eficácia. Curitiba: Jurúa, 2010.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo/SP: Atlas 2003.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2001.

STEIL, Carlos Alberto. Cotas Raciais na Universidade. Porto Alegre: UFRGS, 2006.

SCHWARCZ, L.M. Racismo no Brasil. São Paulo: Publifolha.

Publicado

2022-07-04

Cómo citar

Borges Neto, J. R., & Marinho, C. H. (2022). Políticas públicas e cotas raciais como instrumento de integração do negro a universidade. Inovação & Tecnologia Social, 4(10), 66–78. https://doi.org/10.47455/2675-0090.2023.4.10.10544

Número

Sección

Artigos