PITIOSE CUTÂNEA EM EQUINO NO SERTÃO DO CEARÁ
Palavras-chave:
Imunoterápico, Kunkers, Histopatológico, Exérese cirúrgicaResumo
A pitiose é uma infecção invasiva ulcerativa piogranulomatosa causada pelo oomiceto Pythium insidiosum, parasita de plantas aquáticas em águas estagnadas. Apesar de não serem raros os relatos de pitiose nas espécies domésticas, a espécie equina é a mais afetada. A enfermidade pode ser adquirida através da colonização de lesões traumáticas e do folículo piloso. Em casos dessa infecção, pode-se encontrar hifas recobertas por células necróticas, formando massas branco-amareladas semelhantes a corais, denominadas de kunkers. As lesões são localizadas prioritariamente nas extremidades distais dos membros e na porção ventral da parede tóraco-abdominal. O diagnóstico da pitiose estárelacionado a um prognóstico reservado dependendo do grau de comprometimento anatômico que a enfermidade se encontra. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo relatar um caso de pitiose cutânea em um equino, fêmea da raça Mangalarga Machador. O animal apresentava lesões ulcerativas no membro torácico esquerdo e no membro pélvico esquerdo. O tratamento escolhido foi o cirúrgico e imunoterápico, com intuito de remover todo o tecido lesionado e, posteriormente, coletar material para realização do exame histopatológico. O equino foi submetido a um protocolo pós-operatório com a terapia antitetânica por via intramuscular. A antibioticoterapia sistêmica foi realizada com penicilina benzatina, anti-inflamatório esteroidal, dexametasona foi realizada uma vez ao dia, durante cinco dias. Posteriormente, optou-se pelo uso do anti-inflamatório não esteroidal maxicam uma vez ao dia, durante cinco dias. O animal recebeu quatro doses do imunoterápico PITIUM-VAC por via subcutânea, com intervalo de 14 dias entre uma e outra aplicação, apresentando uma resposta satisfatória ao tratamento.
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