MASTOCITOMA DE ALTO GRAU EM BOLSA TESTICULAR EM CÃO

Autores

  • Vinicius Wagner SILVA Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Luana Martins de SOUZA Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Natalia Ribeiro SILVA Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Aline GROTH Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Julia Rodrigues GREGHI Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Maíra Planzo FERNANDES Residência em Teriogenologia de Animais de Companhia da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
  • Maria Isabel Mello MARTINS Dpto de Clínicas Veterinárias da UEL

Palavras-chave:

Oncologia, Reprodução, Histamina, Metástase

Resumo

O mastocitoma é o tumor de pele mais comum em cães. Devido à proliferação de mastócitos, os animais acometidos apresentam quadro clínico compatível com a liberação do excesso de grânulos de histamina presentes no interior dessas células levando a alterações no trato gastrointestinal e vascular com possibilidade de causar choque anafilático. O diagnóstico é feito pela análise citopatológica e classificado pela histopatologia. O tratamento baseia-se no estadiamento, exérese cirúrgica com quimioterapia antineoplásica e tratamento medicamentoso para inibir os efeitos da liberação de histamina. Foi atendido um cão de 14 anos da raça Boxer com queixa de nodulação no saco testicular com dois meses de evolução. Animal foi diagnosticado com mastocitoma. Foi instituído tratamento por exérese cirúrgica e devido à possibilidade de metástase em linfonodo regional, foi indicada terapia antineoplásica e medicamentosa, que não obteve sucesso devido à não adesão do responsável ao tratamento. Mastocitoma classificado como de alto grau após análise histopatológica. Animal sobreviveu por dois meses após o diagnóstico da doença. Devido ao alto grau de apresentação neoplásica e dificuldade de tratamento, o animal teve baixa sobrevida, corroborando com dados descritos na literatura quanto ao mau prognóstico desse tipo de tumor.

Referências

BRAZ, P.H.; BRUM, K.B.; SOUZA, A.I.; ABDO, M.A.G.S. Comparação entre citopatologia por biopsia com agulha fina e a histopatologia no diagnóstico das neoplasias cutâneas e subcutâneas de cães. Pesq. Vet. Brasileira, v.36, n.3, p.197-203, 2016.

COSTA-CASAGRANDE, T.A.; ELIAS, D.S.; MELO, S.R.; MATERA, J.M. Estudo retrospectivo do mastocitoma canino no serviço de cirurgia de pequenos animais – Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Archives of Veterinary Science, v.13, n.3, p.176-183, 2008.

DA SILVA, A.L.D.A.; QUEIROZ, R.P.; SZABÓ, M.P.J.; MEDEIROS, A.A. Grau de malignidade do mastocitoma cutâneo canino quanto à localização segundo as classificações de Patnaik et al. (1984) e Kiupel et al. (2011). Revista Brasileira Científica Veterinária, v.21, n.3, p.183-187, 2014.

DALECK, C.R.; DE NARDI, A.B. Oncologia em cães e gatos. 2ª ed., Rio de Janeiro: Roca, p.965-969, 2016.

DE NARDI, A.B.; RODASKI, S.; SOUSA, R.S.; COSTA, T.A.; MACEDO, T.R.; RODIGHERI, S.M.; RIOS, A.; PIEKARZ, C.H. Prevalência de neoplasias e modalidades de tratamentos em cães, atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná. Archives of Veterinary Science, v.7, n.2, p.15-26, 2002.

KIUPEL, M.; WEBSTER, J. D.; BAILEY, K. L.; BEST, S.; DeLAY, J.; ETRISAC, C.J.; FITZGERALD, S.D.;GAMBLE, D.; GINN, P.E.; GOLDSCHMIDT, M.H.;HENDRICK, M.J.; HOWERTH, E.W.; JANOVITZ, E.B.; LANGOHR, I.; LENZ, S.D.; LIPSCOMB, T.P.; MILLER, M.A.; MISDORP, W.; MOROFF, S.; MULLANEY, T.P.; NEYENS, I.; O’TOOLE, D.; RAMOS-VARA, J.; SCASE, T. J.; SCHULMAN, F.Y.; SLEDGE, D.; SMEDLEY, R.C.; SMITH, K.; SNYDER, P.W.; SOUTHORN, E.; STEDMAN, N.L.; STEFICEK, B.A.; STROMBERG, P.C.; VALLI, V.E.; WEISBRODE, S.E.; YAGER, J.; HELLER, J.; MILLER, R. Proposal of a 2-Tier histologic grading system for canine cutaneous mast cell tumors to more accurately predict biological behavior. Veterinary Pathology, Washington, v.48, n.1, p.147-155, 2011.

LOPES, Y.M. Modalidades terapêuticas empregadas no tratamento do mastocitoma cutâneo canino. 2014. 33p. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, 2014.

PALMA, H.E.; MARTINS, D.B.; BASSO, P.C.; DO AMARAL, A.S.; TEIXEIRA, L.V.; LOPES, S.T.A. Mastocitoma cutâneo canino – Revisão. Medvep – Revista científica de Medicina Veterinária – Pequenos Animais e Animais de estimação, v.7, n.23, p.523-528, 2009.

PATNAIK, A.K.; EHLER, W.J.; MACEWEN, E.G. Canine cutaneous mast cell tumors: morphologic grading and survival time in 83 dogs. Veterinary Pathology, n.21, p.469-474, 1984.

Downloads

Publicado

2023-01-16

Como Citar

SILVA, V. W.; SOUZA, L. M. de; SILVA, N. R.; GROTH, A.; GREGHI, J. R.; FERNANDES, M. P.; MARTINS, M. I. M. MASTOCITOMA DE ALTO GRAU EM BOLSA TESTICULAR EM CÃO. Ciência Animal, [S. l.], v. 30, n. 4, p. 257–260, 2023. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9872. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Resumo Expandido - Artigos Originais