ABORDAGEM CLÍNICA E LABORATORIAL DE UM CÃO COM HIPOPLASIA ERITRÓIDE E HIPERPLASIA GRANULÓCITICA ASSOCIADO À LEISHMANIOSE VISCERAL
Parole chiave:
Hematopatologia, Doenças infecciosas, Clínica médica veterináriaAbstract
A leishmaniose visceral (LV) é uma enfermidade comum que acomete múltiplos sistemas e apresenta tempo de evolução crônico. Dentre as características laboratoriais que são observadas, os achados na medula óssea podem variar de hipoplasia a hiperplasia, tanto eritróide quanto granulocítica. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise clínica e laboratorial dos achados em um cão com hipoplasia eritroide e hiperplasia granulocitica associada à LV. Um cão da raça Setter Irlandês, macho, com 7 anos de idade foi atendido no Hospital Veterinária Ivon Macêdo Tabosa da Universidade Federal de Campina Grande (HVIMT / UFCG) apresentando epistaxe, perda de peso e hiporexia. Foi solicitado hemograma completo, análise de bioquímica sérica, urinálisen e mielograma com pesquisa de hemoparasitas. No hemograma foi evidenciado anemia normocítica normocrômica e diminuição da quantidade de plaquetas com presença de agregados plaquetários. A bioquímica sérica revelou hipoalbuminemia e hiperproteinemia. Na urinalise não foi evidenciada alterações com relevância clínica. Foi observada amastigotas de Leishmaniasp no mielograma, e hipoplasia eritróide e hiperplasia granulócitica. O animal foi tratado com associação de milteforan, alopurinol e domperidona, contudo o tutor não retornou para reavaliação do paciente. Diante do exposto, uma abordagem clínica laboratorial de um paciente com LV é importante para um tratamento mais adequado e melhorar o prognóstico. Mais estudos devem ser realizados para a melhor compreensão das respostas hematopatológicas frente a essa enfermidade.
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