CONDIÇÕES CLÍNICAS DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO E DA MEMBRANA TIMPÂNICA POR MEIO DE OTOSCOPIA EM CÃES
Palabras clave:
Ceruminolítico, Estenose, Hiperemia, OuvidoResumen
Os objetivos do estudo foram avaliar as condições clínicas do conduto auditivo e da membrana timpânica (MT) através do exame otoscópico, correlacionando a utilização de ceruminolíticos e soluções tópica para a visualização das estruturas supracitadas. Realizou-se exames otoscópicos em 20 cães adultos, SRD, divididos em três grupos. Grupo Controle ou I (GI): cinco animais não receberam nenhum tipo de tratamento prévio à realização do exame otoscópico; Grupo II (GII): 10 cães receberam tratamento bilateral com ceruminolítico, composto por hidroxiquinolina (0,4 mg/mL) e trolamina (140 mg/L), nos três dias que antecederam aos exames; Grupo III (GIII): cinco cães receberam o mesmo tratamento do GII adicionando-se a lavagem bilateral dos ouvidos com solução fisiológica em temperatura ambiente (25 ºC) ao momento do exame. Procedeu-se a avaliação do conduto auditivo e da MT, realizando-se contenções física, seguida de química em todos os animais. Na avaliação da orelha encontrou-se odor fétido em 5,0% dos cães. No conduto auditivo, observou-se hiperemia em 40,0%, estenose em 20,0% e exsudato sanguinolento em 10,0% dos cães. Obstruções totais ou parciais dos condutos auditivos pelo excesso de cerúmen representaram 42,5% e 25,0% dos ouvidos; respectivamente. A MT foi observada em 45,0% dos cães, sendo 60% dos animais pertencentes ao GI, 50,0% do GII e 20,0% do GIII. Quando associada à hiperemia no conduto auditivo, a visualização da MT foi possível em 37,5% e nos casos de estenose foi visualizada em apenas 25,0% dos cães. Concluiu-se que o excesso de cerúmen e estenose do conduto auditivo foram as condições clínicas que mais interferiram na visualização das estruturas, independente do grupo ao qual os animais pertenciam, e limitaram a utilização do exame otoscópico como método diagnóstico. O uso de soluções tópicas no tratamento prévio à realização do exame otológico não demostrou ganho na visualização da MT dos cães, necessitando de melhorias nas técnicas utilizadas.
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