QUALIDADE DA CARNE DE COELHOS ORIUNDOS DE DIFERENTES CRUZAMENTOS
Schlagworte:
fibra muscular, análise sensorial, composição centesimal, carne de coelho.Abstract
O objetivo deste estudo foi avaliar a composição centesimal, as fibras musculares e as características sensoriais da carne de coelhos de dois grupos genéticos, tendo um 25% da raça Chinchila e o outro 25% da raça Califórnia. Foram utilizadas carcaças de 180 coelhos, oriundos de dois cruzamentos: CH – coelhos filhos de machos híbridos (Gigante de Flandres e Prateado de Champagne) e matrizes híbridas (Nova Zelândia e Chinchila); e CF – coelhos filhos de machos híbridos (Gigante de Flandres e Prateado de Champagne) e matrizes híbridas (Nova Zelândia e Califórnia), distribuídos num delineamento inteiramente casualisado, com 90 repetições por tratamento. Para a análise das características de diâmetro de fibra e de composição centesimal, foram utilizados os músculos Semitendinosus e Longissimus dorsi. Para a avaliação de preferência de consumo e sensorial, foram utilizadas coxas desossadas e assadas. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA). Percebeu-se que o diâmetro das fibras musculares é similar nos grupos CH e CF. Na análise sensorial, constatou-se que a cor da carne dos animais do grupo CH é mais escura que a dos animais do grupo CF. O odor, o sabor e a textura não diferiram entre os grupos. Ainda na avaliação centesimal, percebeu-se que a carne do grupo CF apresenta menos gordura e umidade e mais proteína que os animais do grupo CH. Diante do exposto, conclui-se que a carne de coelhos com 25% do sangue Chinchila é melhor que a de animais com 25% de sangue Califórnia, do ponto de vista da composição centesimal.
Literaturhinweise
AMSA – AMERICAN MEAT SCIENCE ASSOCIATION. Research guidelines for cookery, sensory evaluation, and instrumental tenderness measurements of fresh meat. Chicago: National Live Stock and Meat Board, 1995. 47p.
APCC – Associação Paulista dos Criadores de Coelhos. 2014. Disponível em: http://www.apcc.com.br/ Acesso em: 28 agosto 2014.
BIONDI, G.F.; MEIRA, D.R.; RUDGE, A.C. Estudo do pH em carne de coelho. Veterinária e Zootecnia, São Paulo, n.2, p 59-67, 1990.
BOURNE, M. C. Texture profile analysis. Food Technology, v.32, p.62-66, 1978.
BOUTON, P.; HARRIS, P.; SHOTHOSE,R. The effects of ultimate pH upon the water-holding capacity and tenderness of mutton. Journal of food Science, Chicago, v.36, n.3, p.435-439, 1971.
COLIN, M.; LEBAS, F. Rabbit meat production in the world a proposal for every country. VI World Rabbit Congress. Toulose - Franca, p.323-330, 1996.
COSTA, M.P.S. Efeito da inclusão de cenoura na qualidade da carne de coelho, Dissertação em Engenharia Zootécnica, Universidade de Lisboa 38p., Lisboa, Portugal, 2017.
HARA, A; RADIN, N.S. Lipid extraction of tissues with a Low-Toxicity Solvent. Analytical Biochemistry, v.90, p.420-426. 1978.
IAL - INSTITUTO ADOLF LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz: métodos químicos e físico para análise de alimentos. 4ª ed., n.164/IV. 1020p.
LIMA, C.A.A.; LIMA, E.D.P.A.; VINAGRE, O.T.; DANTAS, M.O.; SOUZA, B.B. Comparação das carcaças de coelhos Negro e Fogo, Califórnia e mestiços e o estudo da composição química. Agropecuária Técnica, v.19, n1/2, p.135-144, 1998.
LOURINHÃ, R.F.C. Utilização do repiso de tomate na alimentação de coelhos em crescimento e engorda, Dissertação em Engenharia Zootécnica, Universidade de Lisboa 41p., Lisboa, Portugal, 2013.
MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2014. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ministerio/concursos. Acesso em: 10 agosto 2014.
MELLO, H.V.; SILVA, J.F. Criação de coelhos. Viçosa – Ed Aprenda fácil. Viçosa – Minas Gerais. 2003. 266p.
NORMAN, G.A. pH, carne bovina enegrecida; PSE e encurtamento pelo frio. In: CORTE, O.O. (Coord.). Curso Internacional Sobre Tecnologia da Carne. Campinas – SP: ITAL, 1978. p.14-25.
NIINIVAARA, F.P.; ANTILA, P. Valor nutritivo de la carne. Zaragoza: Acribia, 1973. 184p.
OCKERMAN, H.W.; ORGANISCIAKI, C.S.; VAN-STAVERN, D.D. Efect off sauces cooking pré-and post-freezing and frozen storage on rabbit muscle tissue. Journal Food Science, Chicago, v.45, n.4, p.1070-1074, 1980.
RONCADA, M.J.; MAZZILLI, R.N.; WILSON, D. Carne de coelho: aspectos nutricionais. Campinas - SP: SBCTA, 1978. p.19-40 (SBCTA - Boletim, 43).
SALDANHA, T. Avaliação comparativa entre dois métodos para determinação do colesterol em carnes e leite. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.24, n.1, p.109-113, 2004.
SARANTOPOULOS, C.I.G.L.; PIZZINATTO, A. Fatores que afetam a cor das carnes. Coletânea ITAL, Campinas, v.20, n.1, p.1-12,1990.
SILVA, R.A. Cunicultura. In: 3º Congresso de Cunicultura das Américas, 2006, Maringá, PR. Maringá, 2006.
TAVARES, R.S.; CRUZ, A.G.; OLIVEIRA, T.S.; BRAGA, A.R.; REIS, F.A.; HORA, I.M.C.; TEIXEIRA, R.C.; FERREIRA, E.F. Processamento e aceitação sensorial do hambúrguer de coelho (Orytolagus cunicullus). Ciência Tecnologia Alimentos. Campinas, SP, V.27, N.3, P.633-636, 2007.
UBABEF - União Brasileira de Avicultura, 2014. Disponível em: http://www.brazilianchicken.com.br/home/conhecaubabef?lang=pt. Acesso em: 15 jul. 2014.
USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 18 (2005). Disponível em: http://www.nal.usda.gov/fnic/foodcomp/cgi-bin/list_nut_edit.pl. Acesso em: 28 agosto 2014.
VIEIRA, M.I. Carne e pele de coelho: produção, comércio, preparo. São Paulo INFOTEC, 1993. 64p.
ZOTTE, A.D. Perception of rabbit meat quality and major factors influencing the rabbit carcass and meat quality. Livestock Production Science, Amsterdan, v.75, n.1, p.11-32, 2002.