UMA DISCUSSÃO SOBRE CONTROLE AVERSIVO EM CÃES

Autores

  • Diogo Cesar Gomes da SILVA Laboratório Cognitivo Comportamental de Pesquisa e Intervenção (UNIDERP)
  • Fernanda Corrêa Gonçalves MORAES Laboratório Cognitivo Comportamental de Pesquisa e Intervenção (UNIDERP)
  • Patricia Oliveira CHAVES Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Local (UNIDERP)
  • Emmanuelle Lima MORAES Educadora Canina
  • José SABINO Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Local (UNIDERP)

Palavras-chave:

Behaviorismo, Comportamento, Etologia, Punição, Reforço

Resumo

Diante de uma crescente preocupação com a compreensão da etologia canina e dos processos em educação e treinamento de cães, uma demanda emergente reflete o desejo das pessoas em melhorias na qualidade das interações sociais interespecíficas. Campos científicos como a Etologia e a Psicologia Comportamental, ganham destaque na orientação e construção de conhecimento, assim como nos métodos de intervenção, visando bem-estar e qualidade social nas famílias multiespécies. Dentre as correntes cientificas que dão base a este cenário, em especial, a abordagem Behaviorista é predominante no cenário atual. Conceitos elementares da teoria de Skinner e do Comportamento Operante como Reforçamento e Controle Aversivo são constantemente discutidos e aplicados nos processos de educação canina e em contextos clínico comportamental. Porém, discordâncias teóricas e metodológicas são cada vez mais visíveis, polarizando opiniões e práticas. Diante do exposto, este artigo volta-se às críticas da teoria de Skinner em termos de Controle Aversivo nas práticas envolvendo educação e clínica comportamental de cães.

Referências

ANDICS, A.; GÁCSI, M.; FARAGÓ, T.; KIS, A Voice-Sensitive Regions in the Dog and Human Brain Are Revealed by Comparative fMRI. Current Biology, v.24, p.1-5, 2014.

BARON, A.; GALIZIO, M. Positive and negative reinforcement: Should the distinction be preserved? The Behavior Analyst, v.28, p.85-98, 2005.

BEAVER, B.V. Comportamento Canino: Um guia para veterinários. 1ª ed., São Paulo: Roca, 2000. 432p.

BRADSHAW, J. Cão senso: Como a nova ciência do comportamento canino pode fazer de você um verdadeiro amigo do seu cachorro. Ed. Record. 2012. 405p.

BROOM, D.M.; JOHNSON, K.G. Stress and animal welfare. 1ª ed,, Londres, Lower Academic, 1993. 228p.

CATANIA, A.C. Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição. 4a ed., Porto Alegre, Artmed. p.79-235, 1999.

DONAHOE, J.W.; PALMER, D.C. Learning and Complex Behavior. 1a ed., Boston, London: Allyn and Bacon, 1994. 405p.

HINELINE, P.N. Aversive control: A separate domain? Journal of the Experimental Analysis of Behavior, v.42, p.495-509, 2005. (Original 1984)

HOLTH, P. Two definitions of punishment. The Behavior Analyst Today, v.6, p.43-47, 2005.

HORNER, R. Ideology, technology, and typical community setting: Use of severe aversive stimuli. American Journal on Mental Retardation, v.95, p.166-168, 1990.

HUNZIKER, M.H.L. Afinal, o que é controle aversivo? Acta comportamentalia, vol. 19, p. 9-19, 2011.

LERMAN, D.C.; VORNDRAN, C. On the status of knowledge for using punishment: Implications for treating behavior disorders. Journal of Applied Behavior Analysis, v.35, p.431-464, 2002.

MAYER, P.C.M.; GONGORA, M.A.N. Duas Formulações Comportamentais de Punição: Definição, Explicação e Algumas Implicações. Acta comport, v.19, n.4, p.47-53, 2011.

MICHAEL, J. Positive and negative reinforcement: A distinction that is no longer necessary; or a better way to talk about bad things. Behaviorism, v.3, p.33-44, 1975.

MILLS, D.S. What’s in a word? A review of the attributes of a command affecting the performance of pet dogs. Anthrozöos, v.18, p.208–221, 2005.

MIKLÓSI, A.; KUBINYI, E.; TÓPAL, J.; GÁCSI, M.; VIRÁNYI, Z.; CSÁNYI, V. A simple reason for a big difference: Wolves do not look back at humans, but dogs do. Current Biology, v.13, p.763-776, 2003.

MORSE, W.H.; KELLEHER, R.T. Schedules as a fundamental determinants of behavior. In Schoenfeld, W.N. (Ed.), The theory of reinforcement schedules. New York: Appleton-Century-Crofts, p.139-148, 1977.

NEWSOM, C.; FAVELL, J.E.; RINCOVER, A. The side effects of punishment. In J. Apsche & S. Axelrod (Eds.), The effects of punishment on human behavior. New York: Academic Press, p.285-316 1983.

NTINAS, K.M. Behavior modification and the principle of normalization: Clash or synthesis? Behavioral Interventions, v.22, p.165–177, 2007.

SANTOS, E.L.N.; LEITE, F.L. A distinção entre reforçamentos positivo e negativo em livros de ensino de análise do comportamento. Revista Perspectivas, v.4., n.1, p.9-18, 2013.

SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. 1ª ed., Campinas, SP. Ed. Livro Pleno, 2003. 302p. (Original 1989)

SPRADLIN, J.E. Punishment: A primary process? Journal of Applied Behavior Analysis, v.35, p.475-477, 2002.

SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 1a ed., São Paulo: Martins Fontes. 2007. 489p.

TOPÁL, J.; TOPÁL, J.; ANTAL, D.; MIKÓSI, Á.; MIKLÓSI, A. Attachment behavior in dogs (Canis familiaris): a new application of Ainsworth’s (1969) Strange Situation Test. Journal Comparative Psychology, v.112, n.3, pp.219–229, 1998.

WEISS, B.; LATIES, V.G. Behavioral Thermoregulation. Science, v.133, p.1338-1344 1961.

Downloads

Publicado

2022-11-19

Como Citar

SILVA, D. C. G. da .; MORAES, F. C. G. .; CHAVES, P. . O. .; MORAES, E. L. .; SABINO, J. . UMA DISCUSSÃO SOBRE CONTROLE AVERSIVO EM CÃES. Ciência Animal, [S. l.], v. 30, n. 2, p. 109–122, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9609. Acesso em: 21 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão