METÁSTASE DE ADENOCARCINOMA EM GLÂNDULA APÓCRINA EM UM CÃO
Palavras-chave:
Canino, glândula sudorípara, neoplasias de pele, tumorResumo
O adenocarcinoma de glândula apócrina raramente é relatado em cães, acometendo principalmente animais idosos e não tendo propensão entre machos ou fêmeas. Habitualmente, apresentam-se por nódulos únicos, podendo chegar até 10cm de diâmetro e, nos cães, os membros torácicos e pélvicos são os sítios de predileção. Geralmente, as neoplasias de glândulas apócrinas têm comportamento benigno, quando estas apresentam potencial maligno observam-se recidivas através de disseminação linfática e sanguínea. Relatou-se o caso de um cão macho, da raça Poodle, de 16 anos de idade, não castrado. A queixa principal referiu-se a uma lesão em orelha direita que apresentava secreção sanguinopurulenta há 30 dias, porém, ao exame físico, foi observado pequena massa no membro torácico direito, juntamente com linfonodo subescapular direito reativo. Foi colhido material de ambos os locais para exame citológico, o qual teve um resultado inconclusivo. Foi realizada nodulectomia em membro torácico direito, linfadenectomia subescapular e nodulectomia auricular. O material foi enviado para análise histopatológica. O diagnóstico foi de adenocarcinoma de glândula apócrina em membro torácico com metástase para linfonodo pré-escapular e de epitelioma sebáceo na lesão auricular. A tutora não aderiu ao protocolo quimioterápico proposto e o paciente veio a óbito após 30 dias do procedimento cirúrgico.
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