TERAPIAS COMPLEMENTARES PARA O SUPORTE E TRATAMENTO DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
Palavras-chave:
Medicina integrativa, Leishmania spp, caninaResumo
A leishmaniose visceral canina caracteriza-se como uma zoonose de caráter crônico de alta mortalidade. Essa doença é causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo a espécie Leishmania infantum a principal responsável pelas infecções no continente americano. A transmissão ocorre durante o repasto sanguíneo do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui. A manifestação clínica da leishmaniose em cães varia entre casos assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos. O animal, quando sintomático, pode apresentar diversos sinais clínicos, como alopecia, lesões de pele, emagrecimento progressivo, onicogrifose e hiperceratose. O diagnóstico pode ser feito por exames como o ELISA, PCR e o teste rápido DPP. O tratamento atualmente realizado utiliza medicamentos com ação anti-leishmania, sendo o alopurinol e o milteforan os mais utilizados. Porém, tais medicamentos possuem diversas desvantagens e malefícios ao organismo do animal, tais como o potencial tóxico, a resistência ao princípio ativo e o alto custo. Com isso, essa revisão de literatura objetiva associar a utilização de técnicas da medicina integrativa como forma de tratamento complementar e suporte de cães com leishmaniose visceral. Para isso, realizou-se um levantamento bibliográfico, dos últimos 10 anos considerando artigos científicos, livros e teses obtidos de bases de dados como Google Acadêmico, Pubmed, Pubvet e SCIELO. Dessa forma, conclui-se que as terapias integrativas mostram-se de grande importância para o tratamento e acompanhamento de cães com leishmaniose visceral, visto que apresentam mínimos efeitos lesivos ao organismo do animal, além de servir como uma possível alternativa com menor custo frente aos protocolos convencionais.
Referências
BRITO, A.M.G. Atividade dos óleos essenciais de Cymbopogon citratus (DC.) Stapf e Citral contra leishmaniose visceral, 2013. 106p. (Tese de Doutorado em Biotecnologia). Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de Sergipe, 2013.
BORGES, F.S.; LIMA, D.J.S. Leishmaniose visceral em canino: abordagem diagnóstica e terapêutica convencional associada com a ozonioterapia - relato de caso. Pubvet, v.14, n.11, p.1-10, 2020.
ESPADA, M.A. Ozonioterapia: uma antiga e revolucionária terapia medicinal. Revista Interciência, Jaguariúna, v.1, n.4, p57-64, 2020.
FONSECA, J.J.D.; MAZZINGHY, C.L.; FRANÇA, E.C.; PINOW, A.C.S.; ALMEIDA, K.S.; Leishmaniose visceral canina: Revisão. Pubvet, v.15, n.3, p.1-8, 2021.
GONÇALVES, J.O.S.; PAIVA, P.O.; OLIVEIRA, L.B.G.; Uso da ozonioterapia como auxiliar no tratamento de cão portador de leishmaniose: relato de caso. Pubvet, v14, n.1, p.1-4, 2020.
LIMA, D.A.L.; NOVO, S.P.C.N.; NUNES, F.S.; MACIEL, E.M.S.G. Aspectos epidemiológicos, sociais e ambientais relacionados a transmissão e ao controle da leishmaniose visceral canina na ilha de Marambaia, Mangaratiba-Rio de Janeiro. Revista Saúde e Meio Ambiente, Rio de Janeiro, v.9, n.3, p.64-81, 2019.
MASTELLONE, V.; MUSCO, N.; VASSALOTTI, G.; PIANTEDOSI, D.; VASTOLO, A.; CUTRIGNELLI, M.I.; BRITTI, D.; CORTESE, L.; LOMBARDI, P. A Nutritional Supplement (DìLshTM) Improves the Inflammatory Cytokines Response, Oxidative Stress Markers and Clinical Signs in Dogs Naturally Infected by Leishmania infantum. Animals, v.10, n.6, p.938-950, 2020.
MEGID, J.; RIBEIRO, M.G.; PAES, A.C. Doenças infecciosas em animais de produção e de companhia. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2018.
MODA, T.F., LIMA, C.J.; FERNANDES, A.B.; ZÂNGARO, R.A.; MOREIRA, L.H. Efeitos da ozonização intra-abdominal e intra-retal sobre a avaliação renal de cães acometidos por leishmaniose visceral. Uberlândia, MG, 2014 XXIV Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, Minas Gerais, v.1, p.1900, 2014.
MONZOTE, L.; GUTIÉRREZ, Y.; MACHIN, L.; STANIEK, K.; SCULL, R.; SATYAL, P.; GILLE, L.; SETZER, W.N. Antileishmanial Activity and Influence on Mitochondria of the Essential Oil from Tagetes lucida Cav. and Its Main Component. Scientia Pharmaceutica, v.88, n.3, p.31-39, 2020.
MORAES, A.R.D.P. Avaliação da combinação da oxigenação hiperbárica com óleos de Copaifera sp e Carapa guianensis no tratamento da leishmaniose experimental, 2016. 120p. (Dissertação de Doutorado em Biologia). Programa de Pós-Graduação em Biologia, Universidade Estadual de Campinas Instituto de Biologia, Campinas, 2016.
MORAG, N. Óleos essenciais para animais. 1. ed. Belo Horizonte: Laszlo, 2018.
MOURA, L.D. Suplementação com imunoestimulante (defensyn) na melhora clínica de cães com Leishmaniose Visceral. 1. ed. São Paulo: König do Brasil, 2020.
NISHIDA, L.H.G.; DELMASCHIO, I. Leishmaniose visceral canina – revisão de literatura-. Revista Científica de Medicina Veterinária, Unorp, v.1, n.2, p.07-15, 2017.
PANDEY, S.C.; DHAMI, D.S.; JHA, A.; SHAH, G.C.; KUMAR, A.; SAMANT, M. Identification of trans-2-cis-8-Matricaria-ester from the Essential Oil of Erigeron multiradiatus and Evaluation of Its Antileishmanial Potential by in Vitro and in Silico Approaches. ACS Omega, v.4, n.11, p.14640-14649, 2019.
RODRÍGUEZ, Z.B.; GONZÁLEZ, E.F.; LOZANO, O.E.L.; URRUCHI, W.I. Ozonioterapia em Medicina Veterinária. São Paulo/SP: Multimídia, 2017.
SANTOS, K.M.M. Efeitos da inclusão de teores crescentes de prebióticos nas dietas de cães adultos sobre parâmetros digestivos, fermentação fecal, microbiota e imunidade, 2017. 70p. (Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária). Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, 2017.
SILVA, C.M.H.S.; WINCK, C.A. Leishmaniose visceral canina: revisão de literatura. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v.16, n.1, p.1-12, 2018.
TAKARADA, G.G.M. Avaliação da atividade Leishmanicida e citotoxicidade de extratos de Berberis e do Cloridrato de Berberina para o tratamento das Leishmaioses, 2018. 63p. (Tese de Doutorado em Imunologia e Parasitologia Aplicadas). Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.