FRATURAS APENDICULARES EM CÃES E GATOS: MÉTODOS DE TRATAMENTO E DESFECHOS

Autores

  • Thayná de Souza MARTINS Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. https://orcid.org/0000-0002-8864-1771
  • Bernardo SCHMITT Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
  • Gabriele Maria Callegaro SERAFINI Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0002-6202-5612

Palavras-chave:

Osteossíntese, Cicatrização, Implantes, Evolução

Resumo

O objetivo deste estudo retrospectivo foi identificar a ocorrência de fraturas apendiculares em cães e gatos, os métodos de tratamento e os resultados obtidos com os mesmos, no Hospital Veterinário (HV) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), no município de Ijuí - RS, no período de abril de 2013 a abril de 2022. De um total de 370 procedimentos cirúrgicos para tratamento de fraturas do esqueleto apendicular, 117 foram em fêmur (31,6%), 77 em tíbia e fíbula (20,8%), 62 em rádio e ulna (16,8%), 49 em úmero (13,2%), 45 em pelve (12,2%), 7 em metatarso e metacarpo (1,9%), 7 em tarso e carpo (1,9%), 4 em escápula (1,1%) e 2 em falanges (0,5%). O número de procedimentos foi superior ao número de animais, pois alguns apresentavam mais de uma fratura em diferentes ossos. Entre os 329 animais reportados neste estudo, concluiu-se que a principal causa de fraturas em cães e gatos foi atropelamento, sendo os filhotes os mais acometidos e as fraturas femorais as mais frequentes. Os fixadores esqueléticos externos destacaram-se como o método mais utilizado e o desfecho das osteossínteses foi satisfatório, sendo que a maior casuística correspondeu a fraturas cicatrizadas.

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Publicado

2023-04-11

Como Citar

MARTINS, T. de S.; SCHMITT, B.; SERAFINI, G. M. C. FRATURAS APENDICULARES EM CÃES E GATOS: MÉTODOS DE TRATAMENTO E DESFECHOS. Ciência Animal, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 79–85, 2023. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/10489. Acesso em: 8 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais