O problema da educação na Filosofia prática de Benedictus de Spinoza

Autores

  • Carlos Wagner Benevides Gomes Universidade Estadual do Ceará - UECE; Universidade Federal do Ceará - UFC.

Palavras-chave:

Spinoza. Ética. Afetos. Filosofia. Educação.

Resumo

 Benedictus de Spinoza (1632-1677) não tratou sistematicamente o tema da educação nas suas obras filosóficas.   No entanto, analisando suas teorias ética (liberdade), epistemológica (conhecimento) e psicológica (afeto),   veremos que o autor se preocupou em alguns momentos com a educação enquanto formadora do   indivíduo   ativo e livre. Esta pesquisa tem como objetivo explicitar o problema da educação na ética do filósofo holandês a   partir de uma abordagem ético-afetiva da educação. Ou seja, analisaremos, a partir da leitura investigativa dos   textos Ética, e outros escritos como o Tratado da Reforma da Inteligência, indícios de que o pensador holandês   pensou como educador. Conclui-se que, a partir dessa análise, Spinoza preocupou-se em formar e instruir os   homens para serem mais potentes e livres a partir dos bons encontros, bem como, pelas experiências dos   afetos ativos, como a alegria.

 

 

Biografia do Autor

Carlos Wagner Benevides Gomes, Universidade Estadual do Ceará - UECE; Universidade Federal do Ceará - UFC.

Doutorando em Filosofia – UFC; Bolsista da FUNCAP. Licenciando em Filosofia – UECE; Mestre em Filosofia – UFC; Bacharel em Filosofia – UECE; Membro do GT Benedictus de Spinoza – UECE. E- mail: wagnercarlos92@gmail.com.

 

Referências

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Publicado

2024-09-04

Como Citar

Benevides Gomes, C. W. (2024). O problema da educação na Filosofia prática de Benedictus de Spinoza. Occursus - Revista De Filosofia, 4(2 - Jul./Dez.), 13–28. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/13794