Deus está morto! Considerações sobre o aforismo de Friedrich Nietzsche, diante da comprovação das Ondas Gravitacionais

Autores

  • Maressa Pinheiro Barros Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

Filosofia. Astronomia. Nietzsche. Einstein. Cosmo.

Resumo

Dos primórdios dos tempos à atualidade, o ser humano tende a atribuir mitos, ritos, crenças e ideias à necessidade de compreender o cosmos, de modo que não esteja o Homem suscetível a ele, mas sim nele inserido. No processo que envolve da astrologia à filosofia, tornou-se necessário ao Homem abster-se dos mitos para avançar na intelectualidade apresentando explicações racionais sobre o que seja o Universo. Esse avanço intelectual implicou no surgimento de ciências como a astronomia e a astrofísica, que busca incessantemente decifrar e comprovar de modo empírico as incógnitas do Cosmo. Hoje, a filosofia torna-se ignorada por renomados cientistas com a justificativa da impossibilidade de conciliar a especulação filosófica ao progresso dos paradigmas científicos. Mas como ignorar a base responsável pelo aprimoramento do intelecto humano? Será possível decifrar o Cosmo tornando ausente a reflexão sobre o que o mesmo caracteriza? Através do aforismo de Nietzsche contido na obra A Gaia Ciência e do artigo de Albert Einstein intitulado Teoria da Relatividade Geral, pretende-se demonstrar a correlação existente entre o raciocínio filosófico e o avanço progressivo do estudo do Cosmo.

Biografia do Autor

Maressa Pinheiro Barros , Universidade Estadual do Ceará - UECE

Graduanda em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Integrante do GT Benedictus de Spinoza - UECE e Bolsista de Iniciação Científica - CNPQ. Voluntária no projeto LHC@home, direcionado a pesquisas referentes à Física Quântica, Cosmologia e Astrofísica.

Referências

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Publicado

2024-03-20

Como Citar

Pinheiro Barros , M. (2024). Deus está morto! Considerações sobre o aforismo de Friedrich Nietzsche, diante da comprovação das Ondas Gravitacionais. Occursus - Revista De Filosofia, 1(1 - Jan./Jun.), 173–198. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/12726