O duplo (falso) erro da reabilitação penitenciária.

Os Motivos do fracasso da ressocialização e reinserção social

Autores/as

  • Carlos César Quintela Vinhal de Pires Silva Universidad de Salamanca

Palabras clave:

Prisão. Michel Foucault. Criminalidade. Reincidência. Delinquência. Reabilitação.

Resumen

O presente trabalho incide sobre a temática penitenciária. É indiscutível que as prisões são um problema muitas vezes invisível, mas a sua repercussão social, ainda que desprezada em incontáveis ocasiões, é bastante importante. Tudo aquilo que ocorre no seio das instituições prisionais acaba por ter um importante impacto na comunidade em que estão inseridas. Assim, demonstramos a importância da reabilitação e tratamento penitenciários e compreender os motivos que subjazem o seu constante e aparente fracasso. A base fundamental do nosso pensamento encontramo-la nos escritos de Michel Foucault, pensador e filósofo francês que ofereceu importantes contribuições à ciência criminológica, particularmente através da análise dos sistemas penitenciários e dos seus erros. Neste artigo, tentaremos analisar os sistemas penitenciários sob luzes filosóficas (as do próprio Foucault), mas também pelos indissociáveis lizes criminológicas, com o objetivo de compreender como é possível que uma instituição tão antiga que leva já tanto tempo em incumprimento dos mandamentos que lhe foram dados continua ativa e cada vez mais demandada.

Biografía del autor/a

Carlos César Quintela Vinhal de Pires Silva, Universidad de Salamanca

Professor de Filosofia no Ensino Secundário (Elvas, Portugal). Graduado em Criminologia (Universidad de Salamanca). Mestre em Estudos Avançados em Filosofia (Universidad de Salamanca) e Mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário (Universidade de Coimbra). Doutorando em Filosofia (Universidad de Salamanca).

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Publicado

2024-08-16

Cómo citar

Quintela Vinhal de Pires Silva, C. C. (2024). O duplo (falso) erro da reabilitação penitenciária.: Os Motivos do fracasso da ressocialização e reinserção social. Occursus - Revista De Filosofia, 8(2 - Jul./Dez.), 33–42. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/12283