Do Realismo ao Neoimpressionismo: o anarquismo na arte francesa

Autores/as

  • Thays Alves Costas Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Palabras clave:

Arte. Anarquia. Coubert. Proudhon. Neoimpressionismo. Realismo.

Resumen

Este estudo tem como objetivo refletir sobre a relação entre a arte francesa e o anarquismo, principalmente no século XIX, enfatizando a importância dos movimentos Realismo e Neoimpressionismo, no que se refere ao posicionamento político-libertário e a favor da classe trabalhadora. No Realismo, a amizade entre Gustave Courbet e Joseph-Pierre Proudhon proporcionou importantes discussões sobre a vida do trabalhador e a condição de exploração devido às relações de poder estabelecidas pela classe dominante burguesa. Dessa amizade, resultou a publicação Do princípio da arte e de sua destinação social, em que Proudhon apresenta uma defesa da produção plástica de Courbet. No Neoimpressionismo, o crítico de arte Félix Fénéon destacou-se por sua militância e pela ideologia libertária que se refletia nas críticas de arte e literárias. Esses movimentos tiveram artistas que defenderam as causas sociais e denunciaram as mazelas do capitalismo, como Camille Pissarro, na série Turpitudes sociales (1889-1890). Este artigo, portanto, oferece ponderações que podem servir para se pensar a condição atual da classe trabalhadora.

Biografía del autor/a

Thays Alves Costas, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Mestre em Artes pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) - linha de pesquisa "Estudos em História, Teoria e Crítica da Arte" - integra o grupo de pesquisa "Crítica e experiência estética Gerd Bornheim" vinculado ao PPGA. Licenciada em Artes Visuais, com a pesquisa intitulada "Considerações sobre a expressão na Arte Bruta". Defendeu a dissertação intitulada "Os ideais de Jean Dubuffet para a concepção do termo Arte Bruta".

Citas

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Publicado

2024-04-15

Cómo citar

Alves Costas, T. (2024). Do Realismo ao Neoimpressionismo: o anarquismo na arte francesa . Occursus - Revista De Filosofia, 6(1 - Jan./Jun.), 106–121. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/10449