JONGO & MOÇAMBIQUE: FACES DA CULTURA ESCRAVA EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA

Autores

  • Ricardo Mendes Mattos

Palavras-chave:

Jongo; Moçambique; escravidão; cultura negra; São Luiz do Paraitinga.

Resumo

Jongo e Moçambique foram expressões culturais de matriz africana praticadas pelos mesmos protagonistas durante o período da escravidão, na cidade de São Luiz do Paraitinga. Tais expressões formam a dupla estratégia da comunidade cativa lutar por autonomia: de um lado, o escravo ladino infiltrando-se na cultura colonizadora e incorporando seus modos de ser; de outro, o culto aos rituais ancestrais, utilizado para criticar o escravagismo e organizar revoltas. A partir de memórias de alguns afro-brasileiros, colhidas por folcloristas, insere-se ambas manifestações culturais nos conflitos presentes em seu contexto histórico específico – tal como salienta Edward Thompson, em sua crítica à noção de cultura popular. Jongo e Moçambique surgem em uma teia
de tensões que revela a história de africanos e afrodescendente na região.

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Publicado

2019-12-26