Capital Social, Cooperação e Alianças entre os Setores Público e Privado no Ceará
Palavras-chave:
Capital Social, Coronéis, Público e PrivadoResumo
O artigo aborda as alianças entre setores público e privado numa conjuntura do governo Tasso Jereissati. A situação de desvantagem econômica e social do Nordeste e o esgotamento do modelo econômico e administrativo do“ciclo dos coronéis” no Ceará foram os ingredientes responsáveis pela emergência de um capital social gerado pelos “jovens empresários” industriais que se instalaram no Centro Industrial do Ceará-CIC a partir do final dos anos 70. Dentro desse contexto, a Associação dos Jovens Empresários, o Pacto de Cooperação e o Planefor mantiveram um estreito compromisso com o projeto político dos empresários. O Pacto de Cooperação e o Planefor, contudo, puderam manter uma certa independência político-ideológica. Entretanto, um ponto une todas essas iniciativas, este ponto foi a longa mobilização e as intensas discussões geradas em torno do CIC, entre 1978 e 1986, as quais fizeram com que setores da burguesia industrial nascente, intelectuais e setores esclarecidos do Ceará se tornassem cúmplices e padrinhos dos rumos tomados pelas sociedade e economia cearenses.