O PROJETO SANITÁRIO DO ESTADO NOVO NA OCUPAÇÃO DO OESTE BRASILEIRO

Autori

  • Maria Liége Freitas Ferreira

Parole chiave:

: Estado Novo –Amazônia- Saneamento – SESP

Abstract

O Projeto do reordenação do Estado brasileiro a partir do Estado Novo (1937-1945), foi elaborado utilizando diversas estratégias discursivas com o objetivo de construir a relação de pertencimento a uma brasilidade que congregava a todos na formação da identidade nacional. Vargas e seus ideólogos afirmavam que despareceriam a velha dicotomia litoral desenvolvido e sertão e o interior considerados atrasados. Dessa forma, as regiões distantes, os chamados “espaços vazios” (Amazônia e Brasil Central) foram realinhados ao projeto de modernidade e brasilidade que se gestava. Assim, no início da década de 1940, mais especificamente em 1936, o governo Varguista implementa o Plano de Saneamento da Amazônia com a instalação do IPEN (Instituto de Patologia Experimental do Norte) na região que apresentava alto nível de insalubridade e doenças como a malária, a febre amarela, a leischmaniose dentre outras, mas também grande poder de produção e absorção capitalista.A situação sanitária e epidemiológica do Oeste brasileiro passa, então, a ‘prioridade’ nos planos da modernidade varguista. A Segunda Guerra Mundial interviria diretamente no projeto estadonovista para a Amazônia e, conseqüentemente, no Plano de Saneamento da Amazônia que, com a assinatura dos “Acordos de Washington” entre Brasil e Estados Unidos em 1942 torna o Brasil produtor de borracha para o esforço aliado exigindo, assim, urgência na execução do plano (agora) reelaborado com adequações estabelecidas entre os dois países signatários; dentre estas a instalação de um organismo americano no Brasil, o SESP (Serviço Especial de Saúde Pública). e deve ser compreendido no quadro de ingerência geopolítica dos Estados Unidos no quadro da política panamericana

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Pubblicato

2010-12-02

Fascicolo

Sezione

ARTIGOS