Disputas ritualísticas do morrer e morte entre indígenas e jesuítas na Ibiapaba colonial.
Palabras clave:
Rituais fúnebres., Indígenas., Jesuítas., Colonização.Resumen
Este artigo objetiva debater os rituais funerários e relações do morrer e morte a partir dos relatos de religiosos na Ibiapaba colonial que possui sua história vinculada à presença de vários povos indígenas, e presença de franceses, portugueses e holandeses, configurando um ambiente de conflitos, resistências e negociações. Jesuítas que atuaram diretamente na Ibiapaba e capuchinhos que tiveram contato com os Tabajaras que constituíam o principal povo desta região buscavam combater praticas antropofágicas, visão do “além-morte”. As disputas culturais do morrer e morte também se relacionam com as práticas de cura de pajés/caraíbas e religiosos europeus que queriam impor a inserção destes povos no cristianismo, mas muitas vezes estas práticas eram entendidas pelos indígenas como morte e não como melhoria de vida.