Registro de Ligula intestinalis gmelin, 1789 (Cestoda: Trypanohrryncha) em peroá - Balistes capriscus (Actinopterygii: Tetraodontiformes) no litoral do Espírito Santo, Brasil

Autori

  • Anderson Silva DIAS Faculdade de Castelo. Medicina Veterinária
  • Mariane Bermond Torres Faculdade de Castelo. Medicina Veterinária
  • Maruza Tomazelli COSTA Faculdade de Castelo. Medicina Veterinária

Parole chiave:

Larvas, Parasito de pescado, Peixes teleósteos marítimos, Platyhelminthes

Abstract

A presença de larvas de helmintos em peixes tem contribuído para perdas produtivas devido ao descarte de tecidos parasitados, considerados impróprios para consumo. As alterações ambientais, tais como aumento da poluição de águas e o risco de extinção de algumas espécies de peixes, como Balistes caspricus, tem contribuído para alteração na relação entre os hospedeiros e seus parasitos, como a mudança de hospedeiro realizada pelo parasito. Dessa forma, a frequência de parasitos em animais aquáticos e sua diversidade tem sofrido alterações. Peixes geralmente são hospedeiros intermediários de larvas de cestóides, que causam lesões severas e podem afetar o desenvolvimento e até levar a morte animais. Este trabalho teve como objetivo relatar a ocorrência de larvas em peroá (B. capricus) no litoral do Brasil. Foram coletadas larvas de tecido muscular e guelras de peixes necropsiados (B. capricus), que foram adquiridos em mercado de peixes oriundos do litoral Sul do Espírito Santo. Essas larvas foram enviadas para identificação morfométrica num laboratório e foram identificadas como L. intestinalis, esse é o primeiro registro de L. intestinalis parasitando B. caspricus. 51% dos peixes estavam infectados e o número médio de larvas foi de 2,5. A presença de larvas em tecido muscular de peixes gera grandes perdas na produção de pescado, devido ao descarte de tecidos infectados, pois há destruição tecidual e alterações na carcaça. Esse é o primeiro registro de L. intestinalis em B. caspricus, que é uma espécie de peixe muito apreciado na culinária do Brasil.

Riferimenti bibliografici

ALVAREZ DEL VILLAR, J. 1970. Peces Mexicanos (Claves). Sría. Ind. y Com. Dir. Gral. de Pesca e Ind. Con.

I.N.I.B.P. Comis. Nal. Consul. de Pesca. 166 pp.

ALVAREZ DEL VILLAR, J. y L. O. NAVARRO, 1957. Dos peces del Valle de México. Sría. de Marina. Dir. Gral. de

Pesca e Ind. Con. Com. Pisc. Rural. México 62 pp.

BEVERLEY-BURTON, M. 1964. Studies on the Cestoda of British fresh-water birds. Proc. Zool. Soc. London, 142

(2): 307-346.

COOPER, A. R. 1918. North American Pseudophyllidean cestodes from fishes. Ill. Biol. Monogr., 4: 1-243.

DARLINGTON, P. J. 1957. Zoogeography: The geographical distribution of animals. John Willey. Inc. Publ. Nueva

York. 675 pp.

DE BUEN, F. 1942-3. Los peces de agua dulce de la Familia Goodeidae. Bol. Biol. Univ. Puebla. (México) 2 (3):

-148.

DENECE, W. A. 1943. A leech feeding on Ligula. J. Parasit., 29: 299-300.

Studies in Ligula infected commun shiners (Notropis cornutus pontalis Agassiz) in Adirondacks. J.

Parasit., 44 (3): 334-338.

DOGIEL, V. A., G. K. PETRUSHEVKI e I. YU. 1961. Parasitology of fishes. Oliver and Boyd Ltd. Edimburgo y

Londres. 384 p.

DUBININA, M. N. 1964. Cestodes of the family Ligulidae and their taxonon1y. Proc. Symp. Parasit. Worms. and

Aquat. Cond. Prague. 1962. 173-186.

Ligulidae (Cestoda: Pseudophyllidea) and their evolution. I Congr. Int. Parasit. Roma., 1: 549- 550.

FLORES-BARROETA, L. 1953. Céstodos de Vertebrados I. Ciencias 13 (1-3): 31-36.

HOFFMAN, G. L. 1967. Parasites of North American fresh-water fishes. Berkeley University of California Press. T

VIII: 1486 pp.

JOYEUX, C. E. y J. G. BEAR. 1935. Recherches biologiques sur la Ligule intestinale reinfestation parasitire. C. R.

Soc. Biol. Marseille, 121: 67.

——. 1942. Recherches sur l'evolution de la Ligule intestinale. Bull Mus. Hist. Nat. Marcille, 2 (1): 1-32.

LAWLER. G. H. 1964. Incidence of Ligula intestinalis in Heming Lake fish. T. Fish. Research Bd. Canada. 21 (3):

-554.

MEEK, S. E. 1904. The fresh-water fishes of Mexico, North of the Isthmus of Tehuantepec. Field. Col. Mus. Publ., 93

I-LXIII 1-252.

OWEN., R. W. y C. ARNE. 1966 Same pathological effects produced in fresh-water fishes by the plerocercoide

larvae of the Pseudophyllidean Cestode: Ligula intestinalis (L.) Proc. l Inter. Congr. Parasit. Roma. 1: 553-554.

REGAN, C. T. 1908. Pisces. Biol. Centrali Americana, 1906-1908, I-XXXII 1-203.

TURNER, C. L, 1940. A contribution to the taxonomy and zoogeography of the Goodeid fishes. Occ. Pap. Mats.

Zool. Univ. Much., 495: 1-13.

VAN CLEAVE, H. L. y J. F. MUELLER. 1932. Parasites of Oneida Lake fishes Part 3: A Biological and ecological

survey of the worm parasites. Roosvelt Wildl. Ann. 3: 161-334.

YAMAGUTI, S. 1959. Systema Helminthum Vol. II. Cestodes of Vertebrates. Intercience Publishers. New

York-London, 860 p.

Pubblicato

2024-08-10

Come citare

DIAS, A. S.; TORRES, M. B.; COSTA, M. T. Registro de Ligula intestinalis gmelin, 1789 (Cestoda: Trypanohrryncha) em peroá - Balistes capriscus (Actinopterygii: Tetraodontiformes) no litoral do Espírito Santo, Brasil . Ciência Animal, [S. l.], v. 25, n. 4, p. 40–43, 2024. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/13571. Acesso em: 2 ott. 2024.

Fascicolo

Sezione

Resumo Expandido - Artigos Originais e Relatos de Caso