DESENVOLVIMENTO DE LINFOMA EM CÃO COM LEISHMANIOSE VISCERAL
Palabras clave:
Linfoma canina, neoplasia, leishmanioseResumen
O linfoma canino resulta na proliferação descontrolada dos linfócitos malignos originados pelas células linforreticulares, acometendo principalmente os órgãos linfóides que são os linfonodos, fígado, medula óssea e baço. É considerado a neoplasia linfoproliferativa mais comum, a qual pode ser classificada de acordo com a sua localização anatômica nas formas: multicêntrico, alimentar, cutâneo, tímico e extranodal. O objetivo desse trabalho foi relatar os aspectos clínicos do linfoma em um cão portador da Leishmaniose visceral canina, bem como ressaltar a importância dos exames complementares para a obtenção de um diagnóstico preciso em casos de co-morbidade. Foi atendido no Hospital Veterinário Metropolitano de Caucaia (HVM), um canino da raça Doberman, macho, 5 anos de idade, pesando 30 quilos, apresentando edemaciação no membro anterior esquerdo, mucosas hipocoradas, halitose, desidratação, febre, descamação e lesão na pele, onicogrifose, anorexia, nódulos subcutâneo e linfonodos palpáveis, sendo que o linfonodo axilar esquerdo estava acentuadamente aumentado. De acordo com a anamnese e exame físico, foram solicitados os exames hematológicos, bioquímicos (análises renal e hepática), sorologia para Calazar, radiografia de tórax e citologia do linfonodo. O resultado da citologia indicou um quadro neoplásico sugestivo de linfoma e a sorologia foi reagente para leishmaniose. O paciente foi encaminhado para o oncologista com o intuito de o especialista instituir a melhor forma terapêutica para o linfoma, dando assim o prognóstico adequado, porém o animal veio a óbito devido sua progressiva condição clínica antes de iniciar o tratamento. Conclui-se que os sinais clínicos juntamente com os exames complementares são importantes na obtenção do diagnóstico para o linfoma e leishmaniose, partindo do princípio que essas enfermidades podem acometer o animal de forma isolada ou conjunta.
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