COMPARAÇÃO ENTRE O STATUS SOROLÓGICO DE POTROS CONGENITAMENTE INFECTADO E/OU NÃO POR NEOSPORA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
Palabras clave:
Imunofluorescência indireta, equinos, transmissão horizontalResumen
Protozoários do gênero Neospora adquiriram grande importância ao serem incriminados como causa de aborto em bovinos, ingressando assim, no grupo de patógenos de relevância em medicina veterinária. Atualmente são conhecidas duas espécies potencialmente patogênicas, a saber, N. hughesi e N. caninum. A primeira espécie é relacionada a distúrbios neurológicos em potros e a segunda concorre como possível causa de aborto também em equinos. São conhecidas duas formas de transmissão deste Apicomplexa, a vertical ou transplacentária e a horizontal. Sabidamente fatores referentes ao parasita e ao hospedeiro interferem na eficiência tanto da infecção como na confecção de uma resposta imune efetiva, que culmine com a produção de anticorpos específicos ao imunógeno desafiante. Neste sentido o presente trabalho buscou verificar se as imunoglobulinas produzidas pelo concepto ainda em sua vida intrauterina, mediante desafio endógeno, persistem em seu organismo no seu primeiro ano de vida. Para tal, utilizou-se como forma de diagnóstico a pesquisa de anticorpos via Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Foi realizado acompanhamento sorológico de potros congenitamente infectado e livres de Neospora spp. ao nascimento e aos 12 meses de idade. Constatou-se que 40% dos potros congenitamente infectados apresentavam IgG contra Neospora spp. aos 12 meses e, entre os potros soronegativos ao nascimento 28% produziram IgG específico ao final de seu primeiro ano de vida. Estes resultados apontam que a presença de imunoglobulinas específicas anti- Neospora spp. ao final do primeiro ano de vida dos potros, independe do status sorológico materno, indicando que a via de infecção horizontal é importante para equinos.
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