DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE CORPO ESTRANHO OCULAR EM CÃO
Palabras clave:
Canino, espinho, olho, ultrassomResumen
Traumatismos causados com espinho de porco espinho são comuns em cães. Entretanto, estes espinhos não são inertes podendo carrear bactérias e outros micro-organismos. A indicação frente à essa situação é a remoção de todo o material sempre que possível. Ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética possuem valor significativo no diagnóstico e localização de corpos estranhos não visíveis no exame físico. O objetivo deste relato de caso é descrever a presença de um corpo estranho linear na região intraocular de um cão macho, três anos de idade, sem raça definida. O animal deu entrada no serviço clínico de um Hospital Veterinário com apatia e histórico de contato com porco espinho há trinta dias. Observou-se secreção ocular e olhos recobertos pela terceira pálpebra. Nesta ocasião, foram retirados espinhos de ouriço na cavidade oral e o animal foi liberado. Entretanto, o paciente retornou 40 dias com piora do quadro oftalmológico. Foi realizado exame ultrassonográfico transpalpebral que detectou uma estrutura linear hiperecoica medindo aproximadamente 1,47cm com sobra acústica evidente e conteúdo anormal de ecogenicidade mista na câmara vítrea. Encaminhado para enucleação transpalpebral que possibilitou confirmar o diagnóstico e identificar o objeto. Após a remoção cirúrgica o paciente apresentou melhora clínica significativa e recebeu alta médica em 14 dias.
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