ÓRTESE ORTOPÉDICA ALTERA A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE RATAS SUBMETIDAS AO TREINAMENTO DE CORRIDA

Autores/as

  • Karla Camila Lima de SOUZA Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Yara Carliane de Abreu MESQUITA Acadêmica de Fisioterapia da Faculdade Maurício de Nassau
  • Pedro Cunha LOPES Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Jonathan Elias Rodrigues MARTINS Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Denner Silvino da SILVA Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Paulo Elesson Guimarães de OLIVEIRA Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Patrícia Lima PINHEIRO Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza
  • Francisco Fleury Uchôa Santos JÚNIOR Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Vânia Marilande CECCATTO Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Palabras clave:

Órtese, Corrida, Densidade óssea

Resumen

As órteses ortopédicas funcionam como recursos terapêuticos dando suporte a algum membro corporal, que esteja acometido para complementar e permitir uma adequada reabilitação, com o objetivo de imobilizar, corrigir desvios, proteger ou bloquear determinadas estruturas, que possuem movimentos não fisiológicos. O objetivo deste trabalho foi analisar o impacto da órtese ortopédica na densidade mineral óssea de ratas submetidas ao treinamento de corrida. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais da Universidade Estadual do Ceará, sob o protocolo nº 6923877 de 28/10/2016. Foram utilizadas 22 ratas, fêmeas, Wistar, massa corporal entre 210±10g. Os animais foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: Controle (CTR), Treinado (TRE) e Treinado com Órtese (TRO). Os animais do grupo CTR não realizaram o treino; os grupos TRE e TRO foram submetidos ao treinamento moderado de corrida. O treino ocorreu por três semanas em que a 1ª semana consistiu de uma adaptação em esteira. As duas semanas seguintes, os animais passaram por um teste de esforço no primeiro dia da semana, e nos cinco dias seguintes, por um treinamento de corrida à 60% da capacidade de esforço máximo. O teste de esforço consistiu em etapas de corridas contínuas, com um incremento de 0,2km/h na intensidade do exercício, até que o animal atingisse a exaustão. Após esse período, os animais foram anestesiados e posteriormente sacrificados, para a remoção do fêmur e da tíbia das patas traseiras (direita e esquerda). Das seguintes áreas foram analisadas: epífise (proximal e distal), diáfise e comprimento ósseo. Para análise estatística utilizou-se ANOVA One way, com teste Brown-Forsythe e Kruskal-Wallis, considerando diferença com p<0,05. Os resultados foram expressos em média ± erro padrão da média. Verificou-se que estruturalmente houve poucas alterações métricas nas áreas analisadas, destacando-se a redução diafisária na tíbia e no fêmur do grupo TER, em comparação ao CTR. E aumento epifisário no fêmur do grupo TER, em relação ao CTR. Entretanto, constatou-se que o grupo TRO promoveu alterações estatisticamente significativas na densidade mineral óssea das áreas analisadas. Portanto, foi concluído que a utilização da órtese ortopédica pode influenciar estruturalmente a densidade mineral óssea, assim como pode atenuar os efeitos da sobrecarga óssea durante o treino de corrida.

Citas

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Publicado

2023-07-08

Cómo citar

SOUZA, K. C. L. de; MESQUITA, Y. C. de A.; LOPES, P. C.; MARTINS, J. E. R.; SILVA, D. S. da; OLIVEIRA, P. E. G. de; PINHEIRO, P. L.; JÚNIOR, F. F. U. S.; CECCATTO, V. M. ÓRTESE ORTOPÉDICA ALTERA A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE RATAS SUBMETIDAS AO TREINAMENTO DE CORRIDA. Ciência Animal, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 3–10, 2023. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/10924. Acesso em: 4 dic. 2024.

Número

Sección

Resumo Expandido - Artigos Originais