LEYDIGOCITOMA CANINO: ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS, CITOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS
Palabras clave:
Neoplasias, Cães, Testículos, Ultrassom, HistopatologiaResumen
Em cães não castrados, o testículo é o segundo local mais comum para o desenvolvimento de neoplasias, ocorrendo frequentemente em animais idosos e tendo como principal tratamento a orquiectomia. Considerando a grande relevância das afecções testiculares e a importância de diagnósticos precisos, este trabalho tem como objetivo relatar um caso de leydigocitoma canino no Hospital Veterinário da Universidade Estadual do Ceará. O animal da raça Pitbull, não castrado, de 10 anos de idade foi atendido apresentando hematúria e, ao exame físico, apresentava formação nodular bilateral em testículos além de próstata aumentada. Ao exame ultrassonográfico, a próstata estava aumentada, apresentando formato irregular e ecotextura heterogênea. Essas alterações indicam a presença de hiperplasia prostática. Ambos os testículos apresentavam regiões hipoecogênicas bem definidas com evidente vascularização marginal e interna, que indicam neoformação neoplásica. Na citologia, foi observada uma amostra epitelial hipercelular com modificações celulares sugestivas de neoplasia de células intersticiais. No laboratório, macroscopicamente, o testículo apresentava múltiplos nódulos macios, bem definidos, de coloração branca a amarronzada. A histopatologia revelou proliferação neoplásica de células de Leydig, sustentada por estroma fibrovascular moderado, com parênquima adjacente degenerado e sem sinais de malignidade. Quatro meses após a orquiectomia, a próstata voltou às dimensões normais, sem mais alterações ultrassonográficas. Este caso reforça a importância da orquiectomia bilateral e da ultrassonografia para anormalidades prostáticas e neoplasias testiculares. A associação dessas condições não é comumente descrita na literatura, sendo uma importante contribuição a esse respeito.
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