ASPERGILOSE SISTÊMICA EM POTRO (Equus caballus)

Autor/innen

  • Jéssica Line Farias de Lima Laboratório Regional de Diagnóstico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Fabiano da Rosa Venancio Laboratório Regional de Diagnóstico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Leonardo Schuler Faccini Laboratório Regional de Diagnóstico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Carolina Buss BRUNNER Laboratório Regional de Diagnóstico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
  • Angelita dos Reis Gomes Hospital de Clínicas Veterinárias (UFPel)
  • Taís Scheffer Del Pinho Laboratório de Micologia Veterinária (UFPel)
  • Josiane Bonel Laboratório Regional de Diagnóstico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Schlagworte:

Fungemia, Aspergillus sp., equine

Abstract

O gênero Aspergillus compreende espécies de fungos saprotróficos, globalmente distribuídos, sendo os Aspergillus seção Fumigati conhecidos por causarem doença em humanos e animais imunocomprometidos. Os sinais clínicos dependem do sistema acometido, podendo apresentar febre branda, cólicas intensas, pneumonias, micose de bolsa gutural, e, ocasionalmente, lesões no sistema nervoso central. O presente trabalho objetiva relatar os sinais clínicos, os achados de necropsia e a histologia de um caso de aspergilose sistêmica em um potro de oito meses de idade. O animal apresentava refluxo enterogástrico, peristaltismo aumentado, fezes pastosas, dor abdominal e desidratação intensa. O quadro clínico evoluiu para óbito e o cadáver foi encaminhado para a necropsia. Macroscopicamente, havia sufusões e equimoses na serosa do trato gastrointestinal e ulcerações na mucosa do intestino delgado. No pulmão, havia nódulos multifocais, esbranquiçados e firmes que, ao corte, apresentavam-se císticos, com revestimento interno vinhoso e friável. O coração exibia áreas esbranquiçadas multifocais no miocárdio e os rins continham nódulos avermelhados nas regiões cortical e medular. No encéfalo, havia áreas multifocais amareladas e hemorrágicas com bordos avermelhados. Microscopicamente, observaram-se áreas multifocais de necrose com infiltrado inflamatório granulomatoso no intestino, pulmão, encéfalo, miocárdio e nos rins. Hifas fúngicas intralesionais e intravasculares foram observadas no encéfalo e no pulmão. Estruturas de fenótipo compatível com Aspergillusfumigatus foram observadas na cultura fúngica. Amostras encaminhadas para virologia apresentaram-se positivas para Herpesvírus Equino (HVE) tipo 1 e 4. O diagnóstico de aspergilose sistêmica foi determinado pelo histórico clínico, imunossupressão, achados macroscópicos, histológicos, isolamento do fungo e à infecção concomitante por HVE.

Literaturhinweise

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Veröffentlicht

2021-12-31

Zitationsvorschlag

LIMA, J. L. F. de .; VENANCIO, F. da R. .; FACCINI, L. . S. .; BRUNNER, C. B. .; GOMES, A. dos R.; DEL PINHO, T. S. .; BONEL, J. . ASPERGILOSE SISTÊMICA EM POTRO (Equus caballus). Ciência Animal, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 146–152, 2021. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9431. Acesso em: 21 nov. 2024.