ANÁLISE CLÍNICO-LABORATORIAL DE UM FELINO COM ESPOROTRICOSE CUTÂNEA

Autores

  • Joyce Balbino de OLIVEIRA Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
  • Bruno Henrique Rodrigues do NASCIMENTO Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
  • Samuel Monteiro JORGE Hospital Veterinário Universitário Prof. Ivon Macêdo Tabosa (UFCG)
  • Clauceane de JESUS Clínica Médica de Pequenos Animais (UFCG)
  • Márcio Eduardo de Melo BENVENUTTI Hospital Veterinário Universitário Prof. Ivon Macêdo Tabosa (UFCG)
  • Antônio Fernando de Melo VAZ Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Palavras-chave:

Micose, Zoonose, Sporothrix, Gatos

Resumo

A esporotricose é uma micose subcutânea piogranulomatosa causada por um fungo saprófito que acomete grande variedade de animais e também os humanos. O diagnóstico baseia-se na anamnese, exame físico e exames complementares tais como citopatológico da secreção, histopatológico da pele acometida e no estudo morfológico macro e microscópico da cultura fúngica. O presente estudo tem como objetivo descrever os achados laboratoriais de um felino com esporotricose, associando-os com a forma clínica desta enfermidade. Um gato doméstico foi atendido no Hospital Veterinário Universitário Prof. Dr. Ivon Macêdo Tabosa no município de Patos, no estado da Paraíba, em julho de 2019. O paciente apresentava feridas na orelha com presença de secreção, aumento de volume com coloração avermelhada, áreas circulares de alopecia e descamação no membro pélvico esquerdo. Foi solicitado hemograma, bioquímica sérica, citologia e cultura micológica. Não houve alterações no eritrograma e plaquetograma. No leucograma, observou-se leucocitose com desvio a esquerda regenerativo. O exame citopatológico da lesão apresentou estruturas compatíveis com leveduras de Sporothrix spp. no fundo de lâmina e no interior dos leucócitos. No entanto, é sugerido que outros métodos diferenciais de diagnósticos sejam indicados para não excluir a possibilidade da doença.

Referências

AIELO, S.E. Manual Merck de Veterinária. 8ª ed., São Paulo: Roca, 2001. 1861p.

ANDRADE, S.F. Terapêutica Veterinária. 3ª ed., São Paulo: Rocca, 2002. 2406p.

ANTUNES, T.A.; MEINERZ, A.R.M.; MARTINS, A.A.; MADRID, I.M.; NOBRE M.O. 2009. Esporotricose, p.109-121. In: MEIRELES. M.C.A.; NASCENTE. P.S. Micologia Veterinária. Pelotas: Ed. Universitária UFPel.

COSTA, M.C.L. Distribuição Espacial da Esporotricose Felina no Município de João Pessoa, Estado da Paraíba, Brasil. 32p. Monografia (Bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Paraíba), 2019.

FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: a arte do diagnóstico. 2ª ed., São Paulo: Roca, p.81-85, 2008.

GREENE, C.G. Infectious disease of the dog and cat. 4ª ed., Missouri: Saunders, 2016. 1422p.

JERICÓ, M.M.; ANDRADE NETO, J.P.; KOGIKA, M.M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª ed., Rio de Janeiro: Guanabra Koogan, 2015. 7047p.

KANEKO, J.J. Clinical Biochesmitstry of Domestic Animals. 6ª ed., New York: Academic Press, p.888-894, 2008.

LARSSON, C.E. Esporotricose. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v.48, n.3, p.250-259, 2011.

MACEDO-SALES, P.A.; SOUTO, S.R.L.S.; LUCENA, C.A.D.; LUCENA, R.P.L.; ROCHA, E.M.S.; BAPTISTA, A.R.S. Diagnóstico laboratorial da esporotricose felina em amostras coletadas no estado do Rio de Janeiro, Brasil: limitações da citopatologia por imprint. Pan-Amaz Saude, v.9, n.2, p.13-19, 2018.

MADRID, I.M.; MATTEI, A.S.; TELES, A.J.; CLEFF, M.B.; NOBRE, M.; MEIRELES, M.C.A. Alterações hematológicas em felinos com esporotricose cutânea. Arquivo de Ciências Veteterinárias e Zoologia da Unopar, v.15, n.1, p.33-35, 2012.

SCHUBACH, T.M.P.; MENEZES, R.C.; WANKE, B. Sporotrichosis. In: GREENE, C.E. Infectious disease of the dog and cat. 4ª ed., Missouri: Saunders, p.1425-1433. 2016.

SCHUBACH, T.M.P. Pathology of sporotrichosis in 10 cats in Rio de Janeiro. Veterinary Records, v.152, p.172-175, 2003.

SCHUBACH, T.M.P; SCHUBACH, A.O. Esporotricose em gatos e cães: Revisão. São Paulo: Clínica Veterinária, v.5, n.29, p.21-24, 2000.

SOUZA, E.W. Esporotricose Felina: Resposta ao tratamento, alterações histológicas cutâneas e identificação de Sporothrix spp. no estado do Rio De Janeiro – Brasil. 2014. 107p. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas - Instituto Nacional de Infectologia), 2014.

STOCKHAM, S.L.; SCOTT, M.A. Fundamentals of veterinary clinical pathology. 2ª ed., Iowa: Blackwell Publishing, 2011. 728p.

THRALL, M.A.; WEISER, G.; ALLISON, R.W.; CAMPBELL, T.W. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 2ª ed., São Paulo: Roca, 2015. 280p.

WEISS, D.J.; WARDROP, K.J. Schalm’s Veterinary Hematology. 6ª ed. Iowa: Blackwell, 2010. 336p.

Downloads

Publicado

2022-12-09

Como Citar

OLIVEIRA, J. B. de .; NASCIMENTO, B. H. R. do .; JORGE, S. M. .; JESUS, C. de .; BENVENUTTI, M. E. de . M. .; VAZ, A. F. de M. . ANÁLISE CLÍNICO-LABORATORIAL DE UM FELINO COM ESPOROTRICOSE CUTÂNEA. Ciência Animal, [S. l.], v. 30, n. 4, p. 144–151, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9771. Acesso em: 21 maio. 2024.

Edição

Seção

Relato de Caso