AVALIAÇÕES GENÉTICAS PARA ALTURA DE CERNELHA E FUNCIONALIDADE DA MARCHA EM EQUINOS DA RAÇA CAMPOLINA
Palavras-chave:
Marcha, correlação genética, herdabilidade, tendência genéticaResumo
As avaliações genéticas permitem compreender a evolução da raça e a importância dos componentes genéticos sobre a variação fenotípica das características de interesse de produção em animais. Objetivou-se, com este trabalho, estimar a tendência genética, a herdabilidade e acorrelação genética para altura de cernelha e funcionalidade da marcha em equinos brasileiros da raça Campolina. A Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Campolina disponibilizou 107.630 dados de animais registrados desde 1951 até julho de 2016. As avaliações genéticas foram obtidas por modelo animal uni-característico, para altura de cernelha, com dados de 11.765 indivíduos, e bi-característico, para os atributos de qualidade de marcha, que são: comodidade, desenvolvimento, dissociação, estilo e regularidade, pertencentes a 2.148, 2.148, 2.145, 2.125 e 2.148 equinos, respectivamente. Incremento genético de 3,88cm foi observado para altura de cernelha ao longo dos anos, sugerindo a eficiência de seleção para porte elevado no Campolina. Não foi verificada evolução genética nos atributos de marcha, podendo indicar necessidade de melhoria nos processos de avaliação e seleção dos animais para maior comodidade e desenvoltura desse andamento. Verificou-se herdabilidade igual a 0,37 para altura de cernelha e 0,77 para dissociação, além de herdabilidades de comodidade, desenvolvimento, estilo e regularidade iguais a 0,15, 0,23, 0,22 e 0,28. Os resultados indicam que essas características podem ser utilizadas como critério de seleção para melhor qualidade de marcha. As correlações genéticas verificadas entre a medida linear e todos os atributos de marcha foram de baixa magnitude, variando entre -0,01 e 0,05. Desta forma, é sugerido que a seleção para altura na cernelha exerce baixa influência sobre os ganhos genéticos em atributos de marcha.
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