SENSIBILIDADE TÉRMICA EM RATAS SUBMETIDAS À NATAÇÃO

Autores

  • Mateus Bastos De Souza Faculdade Maurício de Nassau
  • Francisco Fleury Uchôa Santos Júnior Faculdade Maurício de Nassau
  • Nayane Kelly Gomes Figueiredo Faculdade Maurício de Nassau
  • Daiana Cordeiro Rodrigues Faculdade Maurício de Nassau
  • Douglas Matias Uchoa Faculdade Maurício de Nassau
  • Jefferson Pacheco Amaral Fortes Faculdade de Tecnologia Intensiva
  • Vânia Marilande Ceccatto Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

natação, chapa quente, sensibilidade térmica

Resumo

Introdução: A natação apresenta uma série de benefícios fisiológicos, dentre os quais podemos citar o aumento da resistência à percepção de estímulos térmicos. A sensibilidade térmica é designada como responsiva ao aumento da temperatura, ao calor nocivo, à diminuição da temperatura e ao frio nocivo. As sensações térmicas e dolorosas são transmitidas ao sistema nervoso central via axônios C, Aõ. As fibras termosensíveis C são denominadas fibras mecanotermossensíveis C, que necessitam de diferentes receptores de membrana para fazer a distinção entre vários limiares sensoriais. Esses receptores são denominados canais TRP (transient receptor potential) e são responsáveis ​​por realizar a transdução dos sinais térmicos. A termocepção pode ser mensurada pelo teste da placa quente com base na latência de resposta a um dado estímulo térmico adverso. Objetivos: determinar a sensibilidade térmica em ratos submetidos à natação. Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Uso de Animais (CEUA) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Ofício n.º 12725887-0. Foram utilizadas 16 ratas Wistar fêmeas ± 8 semanas, divididas em dois grupos: contrai (C) e natação (N). Os animais iniciaram o tempo de natação com duração de 3 minutos na primeira semana e atingiram 36 minutos no final da segunda semana com uma carga de 5% do peso corporal amarrada na cauda, ​​para evitar flutuação. Os exercícios na água foram realizados pelo turno da manhã, seis dias por semana e um descanso semanal. Os animais foram então imediatamente secos por um dispositivo de jato de ar quente (tamanho de secador de cabelo). A sensibilidade térmica foi avaliada usando o teste da placa quente a 50º C é considerada como uma resposta positiva válida e o calcanhar do animal lambe suas patas traseiras e limpeza das patas dianteiras dos animais. Os resultados foram analisados ​​comparando uma média entre os dois grupos testados por análise ANOVA unidirecional. A análise estatística foi realizada usando o teste t para amostras independentes, assumindo significância de p < 0,05.
Resultados e Discussão: Como resultado, pode-se observar um aumento significativo (p = 0,014) no tempo de resposta à estimulação térmica do grupo natação (5,875 ± 1,060 N = 8) em comparação ao grupo contrai (2,375
± 0,962 N = 8). Esses resultados confirmam estudos anteriores, que mostram que a natação é capaz de aumentar o limiar nociceptivo em roedores, sugerindo que o exercício no ambiente aquático é capaz de reduzir a ativação dos canais TRPV1, que só são ativados em temperaturas entre 42 e 52 º C. Esse mecanismo pode explicar o aumento da latência de resposta comparando o grupo natação com o grupo contrai. Conclusão: Os dados demonstram que a natação aumentou a tolerância aos estímulos térmicos, o que produz um efeito positivo nos animais, pois aumenta a seletividade da intensidade dos estímulos dolorosos percebidos pelo organismo.

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Publicado

2015-06-30

Como Citar

SOUZA, M. B. D.; SANTOS JÚNIOR , F. F. U.; FIGUEIREDO, N. K. G.; RODRIGUES, D. C.; UCHOA, D. M.; FORTES, J. P. A.; CECCATTO, V. M. SENSIBILIDADE TÉRMICA EM RATAS SUBMETIDAS À NATAÇÃO. Ciência Animal, [S. l.], v. 25, n. 3, p. 44–46, 2015. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/13906. Acesso em: 14 out. 2024.

Edição

Seção

Resumo Expandido - Artigos Originais