CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS EM RATOS WISTAR COM USO DE Stryphnodendron adstringens
Palavras-chave:
Barbatimão, fitoterápicos, cicatrização, feridasResumo
Pesquisas recentes vêm descrevendo que o fitoterápico composto pelo extrato da casca de barbatimão contém compostos fenólicos (taninos), que conferem ação antimicrobiana, antioxidante e adstringente por se ligarem a proteínas e polissacarídeos, sugerindo propriedades cicatrizantes. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a cicatrização por segunda intenção de feridas cutâneas tratadas com barbatimão. Foram utilizados 15 ratos, machos, hígidos com peso entre 200 a 250g, submetidos a duas incisões: Ferida Controle tratada com solução fisiológica a 0,9% e a Ferida Teste tratada com pomada de barbatimão. Os animais foram subdivididos em três subgrupos com cinco ratos cada: G1 biopsados ao 3º dia pós-cirúrgico, G2 ao 7º dia e G3 ao 14º dia. A avaliação das feridas foi feita do ponto de vista macro e microscópico nos períodos pré-determinados. Após a biópsia foram realizados cortes histológicos corados pela Hematoxilina Eosina (H.E) e Tricômico de Masson (T.M.). Na avaliação dos achados macroscópicos considerou os parâmetros aspecto, coloração do leito da ferida, presença de crostas, exsudação e prurido. Já para as alterações histopatológicas foram analisadas os elementos celulares inflamatórios incluindo fibroblastos, colagenização (fibras colágenas), células inflamatórias e epitelização. Referente aos achados macroscópicos notou-se que no 3° dia não houve alterações significativas; no 7° dia observou-se epitelização parcial e ausência de crosta nas Feridas Teste; ao 14° dia as Feridas Controle apresentaram prurido e epitelização completa e a Ferida Teste apresentou epitelização parcial sem prurido. Quanto às alterações histopatológicas, observou-se que as células inflamatórias das Feridas Controle com 3°, 7° e 14° dias mostraram-se aumentadas em relação à Ferida Teste. Quanto aos fibroblastos e a colagenização não apresentaram alteração ao 3º, 7º e 14º dia pós-operatório. A reorganização das fibras houve distinção biológica entre os 3°, 7° e 14° dias. A epitelização no 3° dia não apresentou alterações significativas, no 7° dia a Ferida Teste mostrou epitelização parcial, no 14° dia ambas a feridas mostraram epitelização completa. Conclui-se que o tratamento com uso de barbatimão se mostrou mais eficiente devido à supressão da inflamação. No entanto, devido seu uso em doses baixas de tanino não otimizou a cicatrização.
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