“GLORIOSOS HERÓIS QUE CONQUISTARAM ESTA TERRA”

IDENTIDADE NACIONAL INGLESA NO POEMA A BATALHA DE BRUNANBURH

Autores

Palavras-chave:

Brunanburh, Identidade nacional, Wessex, Literatura medieval

Resumo

Ocorrida no ano de 937, a Batalha de Brunanburh figura como um dos marcos do estabelecimento de um reino inglês sob a casa de Wessex. Registrado no compilado da Crônica Anglo-Saxônica, o embate se torna objeto de uma análise literária no presente artigo, que busca articular as possíveis ligações entre o relato da batalha e a construção identitária inglesa no período medieval, a partir da observação de como o autor deste emprega o uso da retórica para fomentar a noção de valores que seriam inerentes a seu povo. Para tal, iniciamos o texto introduzindo o poema e as principais informações que temos sobre este e seu contexto de produção, seguidos por uma descrição do que foi a Batalha de Brunanburh e uma análise de seus agentes, para depois discorrer acerca da importância das caracterizações do poema para a identidade nacional inglesa. Por fim, apresentamos nossas considerações finais a respeito da elaboração identitária em Brunanburh a partir da transformação de reis e seus guerreiros em figuras heróicas.

Biografia do Autor

Maria Eduarda Siqueira Leite, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Graduanda no curso de História - Licenciatura na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem interesse na área de História Antiga e Estudos de Gênero. 

Giulliano Biancchi Araújo, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Graduando em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Isabela Oliveira Federovicz, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Graduanda em História - Licenciatura pela Universidade Federal do Paraná.

Referências

BARROW, J. & WAREHAM, A. Myth, Rulership, Church and Charters: Essays in Honour of Nicholas Brooks. Aldershot: Ashgate, 2008.

BARTHES, R. On Racine. Nova York: Performing Arts Journal Publications, 1983, pp. 153-172.

BRAVO, A. La caracterización del héroe en la poesía épico-heroica del inglés antiguo. Cuadernos del CEMYR, San Cristóbal de La Laguna, n. 1, p. 143-160, 1994.

FOOT, S. Athelstan: the first king of England. New Haven: Yale University Press, 2011.

FOOT, S. The Making of Angelcynn: English Identity before the Norman Conquest. Transactions of the Royal Historical Society. 1996. p. 25-28.

HARTMAN, M. E. Style and politics in The Battle of Brunanburh and The Battle of Maldon. In: ADAMS, Michael; BRINTON, Laurel J.; FULK, R. D. (ed.). Studies in the History of the English Language VI. Berlim: De Gruyter Monton, 2015. p. 201-217.

LAPIDGE, M.; BLAIR, J.; KEYNES, S.; SCRAGG, Donald. The Wiley

Blackwell Encyclopedia of Anglo-Saxon England. 2. ed. Chichester: WYLEY Blackwell,

LIVINGSTON, M. Never Greater Slaughter: Brunanburh and the Birth of England. Bloomsbury Publishing, 2021.

MEDEIROS, E. O. S. de. A batalha de Brunanburh. In: MEDEIROS, E. O. S. de. Beowulf e outros poemas anglo-saxônicos (séculos VIII-X). 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2022. p. 283-287.

MEDEIROS, E. O. S. de. O Rei, O Guerreiro e O Herói: Beowulf e sua Representação no mundo germânico. Dissertação (Mestrado em História), Universidade de São Paulo, 2006.

NEAME, G. English nationalism in ‘The Battle of Maldon‘ and "The Battle of Brunanburh". Innervate, Nottingham, v. 8, p. 179-183, 2016.

NECKEL, K. J. Situações de Outridade: a participação do Outro na formação dos povos Ingleses (731-899). 2021. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.

DAVIES, R. Nations and National Identities in the Medieval World: An Apologia. Journal of Belgian History, Anderlecht, n. 4, p. 567-579, 2004.

WHITELOCK, D. The Anglo-Saxon Chronicle. London, 1961.

Downloads

Publicado

2025-06-16

Como Citar

SIQUEIRA LEITE, M. E.; BIANCCHI ARAÚJO, G.; OLIVEIRA FEDEROVICZ, I. “GLORIOSOS HERÓIS QUE CONQUISTARAM ESTA TERRA”: IDENTIDADE NACIONAL INGLESA NO POEMA A BATALHA DE BRUNANBURH. CENTÚRIAS - Revista Eletrônica de História, Limoeiro do Norte, v. 3, n. 6, p. 35–49, 2025. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/centurias/article/view/15560. Acesso em: 9 jul. 2025.