A Fantasia como elemento de acusação da realidade estabelecida: uma interpretação filosófica de Freud em Marcuse

Autores

  • Ramom Gomes da Silva Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

Pensamento negativo. Arte. Linguagem. Imaginação. Libertação.

Resumo

Esse trabalho tem por objetivo apresentar a fantasia como elemento que contém um alto grau de liberdade presente na sociedade estabelecida. Marcuse buscou brechas onde a dominação imposta não se efetivou por completo, assim a fantasia/imaginação, apesar de seu caráter subjetivo, acusa na realidade os desejos e liberdades que foram traídos ao longo da constituição da civilização, e tem na arte sua forma explicita do “retorno do reprimido”. A imaginação, por meio das manifestações artísticas, apresentam seu carácter dialético: não só traz lembrança de um passado glorioso mas também apontam um futuro que necessita de transformação da realidade presente.

Biografia do Autor

Ramom Gomes da Silva, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Pós-Graduando em Ensino de Filosofia e teologia pela Faculdade Unica de Ipatinga (UNICA); Graduando em Agronomia. Pela Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB); Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), 2017. E-mail: s_ramom@yahoo.com.br.

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Publicado

2024-07-19

Como Citar

Gomes da Silva, R. (2024). A Fantasia como elemento de acusação da realidade estabelecida: uma interpretação filosófica de Freud em Marcuse. Occursus - Revista De Filosofia, 3(2 - Jul./Dez.), 149–164. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/13608