Seria Heidegger um autor antropocêntrico? investigações em torno do conceito de animalidade

Autores/as

  • Rafael Ribeiro Almeida Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Palabras clave:

Antropocentrismo. Heidegger. Animalidade. “Ser-pobre-de-mundo”. Privilégio ontológico.

Resumen

Em Conceitos Fundamentais da Metafísica, Heidegger dedica-se a analisar comparativamente o existente e o vivente, ou seja: o homem e o animal. Em vista disso, não raros são os intérpretes que atestam que o Filósofo alemão se envereda num pensamento antropocêntrico mediante tal comparação. Assim, o objetivo deste trabalho procura responder a seguinte pergunta: estaria Heidegger abordando a Animalidade enquanto tal ainda imersa em pressupostos antropocêntricos? Para tanto, investiga-se as teses centrais desenvolvidas em Conceitos Fundamentais da Metafísica, de 1929/30. Ao cabo, indica-se que as leituras que criticam as teses heideggerianas como carregadas de antropocentrismo descerram-se como contestáveis.

 

Biografía del autor/a

Rafael Ribeiro Almeida, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Graduando em filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) - BA, Ilhéus. Áreas de Interesse: Ontologia Fundamental, Filosofia Alemã Contemporânea, História da Metafísica, Fenomenologia Hermenêutica e Filosofia da Existência.

Citas

CERBONE, David. Fenomenologia. Trad. Caesar Souza. Petrópolis: Vozes, 2012.

DARTIGUES, André. O que é a Fenomenologia? 3. Ed. Trad. Maria José J. G. de Alemida. São Paulo: Editora Moraes, 1992;

DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou. São Paulo, Editora Unesp; 2002.

FERREIRA, Jonatas. Heidegger, Agamben e o animal. Tempo Social – Revista de Sociologia da USP, São Paulo, SP, v. 23, n. 1, p. 199-221, 2011;

FERREIRA, Kelly. Trapaça, abstração e a tese heideggeriana "O animal é pobre de mundo" – leituras de MacIntyre e Derrida. Revista Controvérsia, São Leopoldo, RS, v. 2, n. 1, p. 01-09, Junho, 2006;

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade – doze lições. Trad. Luiz Sérgio Repa e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HEIDEGGER, Martin. Os conceitos fundamentais da Metafísica – mundo, finitude, solidão. 2. Ed. Trad. Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011;

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo – parte II. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback.

Ed. Petrópolis: Vozes, 2005;

INWOOD, Michael. Heidegger. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Loyola, 2004;

MISSAGGIA, Juliana. O caráter antropocêntrico do conceito heideggeriano de animalidade: uma crítica a partir de Derrida. Revista Kínesis, Marília, SP, v. 2, n. 4, Dezembro, p. 1-13, 2010;

NUNES, Benedito. Heidegger & Ser e Tempo. 2. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

RODRIGUES, Fernando. No limiar do mundo: a posição de Heidegger sobre a diferença entre animais e humanos. Cadernos de Filosofia Alemã, n. 14, p. 31-53, Dezembro, 2009;

SILVEIRA, André Luiz R. A relação ontológica entre vida e existência na abordagem hermenêutico-fenomenológica de Martin Heidegger. 135 f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, 2013;

SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. Trad. de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2000;

STEIN, Ernildo. Introdução ao pensamento de Martin Heidegger. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2011;

STEIN, Ernildo. Racionalidade e Existência – uma introdução à filosofia. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1988.

Publicado

2024-05-05

Cómo citar

Ribeiro Almeida, R. (2024). Seria Heidegger um autor antropocêntrico? investigações em torno do conceito de animalidade. Occursus - Revista De Filosofia, 5(2 - Jul./Dez.), 181–204. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/Occursus/article/view/13043