Emoção, cognição e ação:
as emoções como matéria de conhecimento e arte na filosofia aristotélica
Palavras-chave:
Aristóteles. Emoções. Cognição. Moral. Poética.Resumo
O objetivo do presente texto é apresentar uma caracterização das emoções na filosofia aristotélica, a fim de explicar como elas se tornam matéria de conhecimento e arte na poesia. Com base nas diferentes obras de Aristóteles, especialmente, De anima, Ética a Nicômaco, Retórica e Poética, explora-se aqueles aspectos das emoções que explicitam as continuidades entre os domínios da psicologia, da moral e da arte. Tais aspectos dizem respeito ao modo pelo qual elas são constitutivas do ser humano, têm um caráter cognitivo passível de descrição e de apreensão racional, estão implicadas ao universo axiológico da moral e à finalidade própria da poesia. Isso pode ser compreendido mais claramente com relação às emoções da piedade e do temor na poesia trágica. De todo modo, os aspectos pelos quais Aristóteles compreende as emoções lhe dá as condições adequadas para concebê-las como matéria de conhecimento e arte na poesia.
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